Destaque: “Esses são os que
vieram da grande tribulação...”
Perspectiva Salesiana
Domingos Sávio,
um adolescente muito simpático de 13 anos, dizia, no tempo de Dom Bosco, para
os adolescentes e jovens que entravam no Oratório de São Francisco de Sales em
Turim: “nós aqui fazemos consistir a santidade em estarmos sempre alegres e na
presença de Deus, e em cumprirmos os nossos deveres.” Esta fórmula de santidade
ele aprendeu de Dom Bosco, um grande mestre da santidade salesiana. E hoje é
São Domingos Sávio, o primeiro fruto da espiritualidade e pedagogia de São João
Bosco. Sabemos que Bosco se inspirou e viveu a espiritualidade de São Francisco
de Sales. Para São Francisco de Sales, a alegria “é como o palpitar do
coração”, algo vital na vida. Só que não é a alegria que o mundo propõe! E a Família
Salesiana, com esta fórmula, “produziu” muitos santos! É uma pena que não
podemos neste momento elencar todos eles.
“Unamos nossos
corações com os corações destas almas celestes e benditas. Assim como os
rouxinóis jovens aprendem a cantar em companhia dos velhos, assim também nós, associando-nos
aos santos, aprendemos a melhor maneira de rezar, cantar e louvar a Deus.”
(Introdução à Vida Devota, Parte II, Capitulo 16)
Estamos amparados
sobre os ombros de gigantes. Durante os últimos dois mil anos muitos homens, mulheres
e crianças de várias eras, lugares e culturas, dedicaram sua vida ao serviço das
Boas Novas de Jesus Cristo. Dentre estes tantos, um grupo menor de pessoas
foram distinguidos e conhecidos como “santos.”
Eles são
pessoas reais, e nós queremos seguir seus exemplos. Eles são pessoas reais que
nos inspiram. Olhamos para eles como pessoas reais para que nos animem e nos
encham de graça. Foram pessoas reais que iniciaram seu caminho no meio de
provas e dificuldades durante o tempo em que viveram, e proclamaram o
Evangelho. Hoje, olhando para eles, somos desafiados a viver a santidade no dia
a dia.
Cada um de nós
é chamado a viver uma vida de santidade! Uma vida centrada em Deus, uma vida de
entrega. E isso deve ser realizado no lugar onde a gente mora, onde a gente ama,
trabalha e se diverte todos os dias. Francisco de Sales escreveu: “Olhe o
exemplo dos santos em cada caminho de suas vidas. Tudo o que fizeram foi amar a
Deus, sendo seguidores devotos de Deus... porque então, não fazemos o mesmo de
acordo com nossa posição e vocação de vida e para cumprir as resoluções e as
santas promessas (do batismo) que um dia fizemos?” (IVD, Parte V, Capitulo 12)
Que significa
ser um santo? Surpreendentemente é algo muito mais terreno e possível do que
pensamos. Francisco de Sales observou: “Devemos amar tudo o que Deus ama, e Deus
ama nossa vocação. Assim também, amemos a nossa vocação, e não desperdicemos nossa
energia sonhando com uma vida diferente, mas, façamos o trabalho que nos
corresponde. Seja fiel e feliz fazendo aquilo que foste chamado a ser...”
(Stopp, Cartas Selectas, Pagina 61)
Do ponto de
vista de São Francisco de Sales, a santidade é medida pela nossa vontade e
habilidade para aceitar o estado de vida em que nos encontramos no momento. Os
santos foram pessoas que aceitaram a vida como era sem desperdiçar tempo. Não
ficaram desejando ou esperando outra oportunidade para viver de maneira
diferente. A santidade está marcada pela decisão de aceitar a vontade de Deus como
se manifesta nos altos e baixos da vida diária.
De que modo estás
sendo chamado a ser santo no dia de hoje? Como, no meio de tantas provações
podemos viver o amor no dia de hoje? Podemos, segundo a escola salesiana, ser
santos estando sempre alegres, sempre na presença de Deus e cumprindo os
próprios deveres?
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