Stephen R.
Covey em seu livro Nacional best-seller (Sete Hábitos das Pessoas Altamente
Eficazes) lembra-nos: "Se você é presidente ou porteiro, no momento que
der o passo da independência para a interdependência, seja do tamanho que for,
estará pisando numa área de liderança e o modo da liderança eficaz é:
"ganhar-ganhar."
O autor sugere
que este marco não é uma técnica, mas um modo de vida que constantemente busca o
benefício mútuo em todas as interações humanas.
Para muitos na
nossa cultura contemporânea, esta abordagem é uma filosofia difícil de ser acreditada.
A maioria das pessoas tende a pensar em termos de um mundo dividido em dois grupos:
vencedores e vencidos, ricos e pobres. Numa frase vista recentemente num
para-choque e dirigido justamente à família se lê: "Se não podes correr
com os cães grandes, é melhor ficar na varanda". A Humanidade desde Caim e
Abel parece que traduziu o conceito de 'relações' em termos de 'aceito' e
'rejeito', por exemplo: vencedores e perdedores.
O trabalho
espiritual não é isento de luta. Basta dar uma olhada nos comensais ao redor da
mesa da Páscoa. Na noite em que Jesus se deu aos seus discípulos como Pão da
Vida e Cálice da salvação, os apóstolos, antes que fossem interrompidos bruscamente
pelo Senhor, estavam discutindo quem era o melhor entre eles. Stephen Covey tem razão quando diz que o enfoque de ganhar e
perder na vida é, seriamente, imperfeito.
Na verdade,
quatro séculos antes, outro senhor muito perspicaz aconselhou: "Seja justo
em todas as suas ações, sempre se coloque no lugar do seu vizinho e coloque o seu
vizinho no seu. Então você poderá julgar de forma justa. Imagine que você é o
vendedor no momento da compra e o comprador quando você vende, e aí sim poderá
comprar e vender de modo justo".
O autor deste
sentimento, São Francisco de Sales em sua abordagem espiritual para a vida, lembra
que cada um de nós foi criado à imagem e semelhança de Deus e a medida do nosso
amor ao Criador reflete-se na perfeição do amor ao nosso próximo.
Alguns pensam
que tudo o que estiver fora do seu próprio interesse não é importante. O oposto
é verdadeiro. Não lutar por objetivos que beneficiem a todos, é olhar para o
segundo melhor lugar. Num mundo que está crescendo intensa e interdependentemente,
num ambiente onde declaramo-nos ser filhos de Deus, ganhar e ganhar é a única
opção viável.
Covey destaca
que nas relações (como por ex. o casamento) se as duas pessoas não estão ganhando,
então ambas estão perdendo. Na mesma linha, São Francisco nos adverte que um indivíduo
nunca está mais morto do que quando ele ou ela vivem só para si mesmos.
João Paulo II
desafiou em seus escritos sobre a solidariedade a abraçar uma atitude que incentive
uma firme determinação de comprometer-nos na realização do bem comum, porque realmente
somos responsáveis uns pelos outros. Ele nos desafia num sentido real a ganhar
e ganhar de verdade a vida e os relacionamentos. Jesus morreu para cada um dos
nós pudéssemos ganhar o céu.
De nossa parte,
façamos o melhor para tornar esta promessa uma realidade.
Para refletir:
1. Nos meus relacionamentos,
quantas vezes resolvo problemas ou faço sugestões que me colocam no plano de
vencedor e os outros como perdedores?
2. Vejo o meu próximo como Jesus?
3. Minhas atitudes com os outros
promovem uma atitude condescendente?
4. Dou autoridade aos outros
quando eu estou num trabalho conjunto?
5.Trabalhando e relacionando-me
com os outros, considero importante os conceitos de "cooperação","Reciprocidade",
"interdependência" e "trabalho em equipe" ou me considero
acima dos outros?
6. Considerando os projetos
futuros, aproveito a oportunidade de me conectar de tal modo que tragam a união
entre as pessoas e deem força à organização, comunidade ou grupo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário