sexta-feira, 26 de julho de 2013

Reflexão para o 17º Domingo do Tempo Comum - 28 de Julho de 2013


Destaque: "Vou descer para verificar se as suas obras correspondem ou não ao clamor que chegou até mim"!

Perspectiva Salesiana

As Escrituras de hoje mostram-nos que o juízo de Deus é reto, mas também compassivo. O livro do Genesis descreve a indignação de Deus por causa do clamor contra Sodoma e Gomorra. Mesmo assim, antes de agir, Deus tem a intenção de determinar pessoalmente ou não se os protestos estão ou não baseados em fatos. É o que faz Abraão.
Os juízos de Deus nunca são apressados.
São Francisco de Sales diz em sua Introdução à vida devota: "Como ofendem a Deus os julgamentos precipitados! Este é o tipo de apreensão espiritual que faz tudo parecer mal aos olhos daqueles que foram infectados." (IVD, Parte 3, capítulo 28) 
Os julgamentos precipitados têm menos a ver com o comportamento dos nossos vizinhos e mais a ver com as maquinações e disposição de nossos corações. Os julgamentos precipitados são um símbolo da presença da arrogância, da autossatisfação, medo, rancor, amargura, ódio, inveja, ganância e condescendência naqueles que emitem esses julgamentos. 
Os juízos apressados raramente se preocupam com os fatos. Os julgamentos precipitados são baseados em aparências, impressões, fofocas e boatos. Os julgamentos precipitados são feitos num instante (é por isso que usamos o termo juízos "repentinos"), e não se baseiam na razão, mas na emoção. 
Os juízos precipitados não promovem a reconciliação e a paz, ao contrário, os julgamentos precipitados produzem divisão e injustiças. Francisco de Sales escreveu: "As conclusões precipitadas tiram conclusões de uma ação para poder condenar outra pessoa." (Ibid.) 
Finalmente, julgamentos precipitados raramente, talvez nunca, resultam em atos de compaixão. Francisco de Sales escreveu: "Quem quer ser curado (de fazer julgamentos precipitados) deve aplicar remédios não nos olhos ou o intelecto, mas nos afetos. Se os seus afetos são generosos, seus julgamentos também serão." (Ibid) 
Ser como Deus - viver como Jesus - ser instrumentos do Espírito Santo - exigem que nossos julgamentos para os outros sejam feitos com retidão. Que estejam baseando em fatos, não em ficção. Que sejam enraizados no sentido, não nas suspeitas. Que estejam focados no comportamento, e não em preconceitos. Os juízos divinos estão sempre consumidos com a verdade, sempre estão comprometidos com a justiça e caracterizados pela compaixão. 
Como são os nossos juízos?

Padre Michael S. Murray, OSFS é o diretor do Centro de Espiritualidade de Sales.
Tradução e adaptação: P. Tarcizio Paulo Odelli - SDB 

Dos escritos de São Francisco de Sales

As leituras de hoje nos ensinam que precisamos suplicar, procurar, bater diariamente na porta de Deus. Como disse o Papa Francisco na sua chegada ao Brasil, bater delicadamente. Deus deseja atender-nos!

Aqui estão alguns dos muitos pensamentos de São Francisco de Sales sobre a oração: Nosso bom Mestre nos mostra muito claramente no Pai Nosso que primeiramente devemos pedir que Deus seja reconhecido e adorado por todos. Depois, então, pedimos o que é o mais importante para nós: que o Reino de Deus venha até nós. O Reino é o começo e o fim para o qual vivemos. Queremos ser os habitantes do céu. Em seguida, pedimos que a vontade de Deus seja feita. Depois destas solicitações, Nosso Senhor deixa muito claro que devemos pedir o pão nosso de cada dia para cada dia da nossa vida. 

Na oração Deus vem para o jardim da nossa alma e planta Amor Divino. Com o tempo, como nós cultivamos, através da oração, aquilo que Deus plantou em nossos corações, nós ganhamos confiança em nossa crescente amizade com Deus. 

Estamos tão perto que a nossa flor de amizade nos motiva a pedir a Deus que nos dê o que desejamos. Então, além de louvarmos a Deus na oração, nós também pedimos a Deus por tudo o que é bom. Podemos pedir a Deus qualquer coisa com a condição de que o que pedimos está de acordo com a vontade e é para a maior glória de Deus. 

A oração nos mostra como executar bem todas as nossas ações. Quem reverência a Deus faz é uma oração contínua. Aqueles que dão esmolas visitam os doentes, e praticam outras boas obras, estão orando. São vozes louvando a Deus com suas boas ações. 

Nosso Salvador deseja plantar em nós uma abundância de graças e bênçãos e até mesmo um coração completamente inflamado através de um amor incomparável por nós. Vamos nos colocar na Sua presença todos os nossos desejos para que Ele possa nos transformar inteiramente em si mesmo. 

Por que não abrir nosso coração com a oração, para que o Espírito Santo possa inundá-lo com o amor divino?

(Adaptado a partir dos escritos de São Francisco de Sales)

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