Fotografia tirada em Joinville, durante o Congresso Inspetorial da AJS em 2012.
"Um sentido
de humor é suficientemente sutil para ensinar ao homem seus próprios absurdos
tanto como daquelas pessoas que o afastariam de cometer todas as falhas, ou
quase todas." (Samuel Butler)
"O humor é
uma afirmação de dignidade, é uma declaração da superioridade do homem ou de tudo
que lhe acontece."
"Não é
enganado por outros aquele que ri de si mesmo." (Thomas Carlyle)
"O dia
perdido é aquele em que nós não rimos." (Chamfort)
O humor em geral
e os risos em particular não só são saudáveis, mas também podem produzir a cura.
Talvez seja por isso que a seção mais popular do livro de Seleções (Reader´s
Digest) continue a ser: "O riso: o melhor remédio"
São Francisco
de Sales no século 17 foi um dos primeiros escritores espirituais a reconhecer
o grande valor do senso de humor. Ele o viu a partir de uma posição vantajosa.
Ele argumentou, dizendo que para conseguirmos ser melhores, precisamos nos conhecer
a nós mesmos e muito bem. Para conhecermo-nos muito bem, precisamos estudar e
aceitar não só nossos bons pontos, mas especialmente os aspectos da nossa
natureza, que não são tão bons: nossos fracassos, nossas falhas e defeitos.
Quando
reconhecemos nossos defeitos e nossas imperfeições percebemos que temos apenas
duas opções: podemos chorar ou rir delas. Chorar é bom, mas temos que ir mais
longe. Precisamos chegar ao ponto de aceitar que os erros e as coisas tolas que
fazemos sem sentido, são parte de nossas vidas e que não temos o controle de tudo
o que acontece. Temos que aceitar o fato de que Deus está no controle e, portanto,
procurarmos descobrir sua vontade e nos entregarmos a ela.
São Francisco
de Sales nos faz desenvolver a "Santa Virtude da Eutrapelia." Esse
nome é usado pelos gregos e significa apenas rir de si mesmo, ou modo de
gracejar sem ofender, zombaria inocente. Mas deve ser praticada de maneira
certa, para contar histórias de nós mesmos a nossos amigos e membros de nossa
família. Todos nós fazemos coisas bobas. Em alguns dias cometemos um bom número
delas. Se reagirmos de modo contrariado a esses erros, isso poderá nos levar à
ansiedade e a insegurança. Não obstante, se relevarmos tudo, perceberemos que não
somos as pessoas perfeitas que sempre achamos ser e que dependemos de Deus para
consegui-lo.
Contando estas
histórias permitimos que os outros vejam que somos humanos. Nem sempre aparentamos
ser o que somos. "Não nos vemos como melhores do que os outros nem
queremos nos impor sobre eles. Isto também incentiva os outros a partilhar as
coisas engraçadas e às vezes até mesmo sem sentido que eles disseram ou
fizeram. Todos podem rir de nossas fraquezas e apreciar o mesmo nos outros. Pode
ser uma ótima maneira de sermos livres e de "relaxar".
No entanto, a
prática desta "caritativa piada" pode tornar-se muito além de nobre,
quando não estamos nos sentindo tão bem conosco mesmos. Nestes momentos somos tentados
a apontar de forma sarcástica ou maliciosa as faltas dos outros simplesmente para
nos sentirmos melhor. Quando fazemos isto, perdemos o valor e a simples alegria
de Eutrapelia. Tal risada perde o sentido do humor e deixa de ser medicinal. Ao
contrário, se tona zombaria e venenosa.
A capacidade de
brincar conosco mesmos e com os outros é como a energia nuclear: pode ser um instrumento
de cura ou pode ser uma fonte de grande dor. Que Deus nos ajude a usar esse
poder com sabedoria.
Para reflexão pessoal
1. Com que frequência você ri
diariamente?
2. Normalmente, você ri das suas
fraquezas e erros e também das fraquezas e erros dos outros?
3. Você é capaz de dar sentido de
humor em sua vida espiritual?
4. Quando você reconhece suas fraquezas
e erros, deixa Deus dirigir a sua vida?
5. Você vê como um valor o fato
de render-se espiritualmente a Deus?
6. Você se alegra pelo fato de que
tanto você como seu próximo são simplesmente seres "falíveis", mas
humanos e amorosos?
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