Maria – Mãe de Deus
Destaque: “Quanto a Maria, guardava todos estes fatos e
meditava sobre eles em seu coração”.
Perspectiva Salesiana
“Olhe para Maria em todas as circunstâncias da sua vida. Em
seu quarto de Nazaré ela mostra sua modéstia através do seu medo, sua candura
ao esperar ser instruída e ao perguntar, sua submissão e sua humildade quando
se chama a si mesma de escrava. Olhem para ela em Belém: ela vive uma vida
simples e pobre, ela escuta os pastores como se fossem doutores instruídos. Olhem
para ela na companhia dos reis: ela não se atreve a fazer discursos. Olhem para
ela durante o tempo de sua purificação: ela vai ao templo para cumprir os
costumes da igreja. Durante a viagem para o Egito e de regresso ela
simplesmente obedece a José. Ela não considerava que estava desperdiçando seu
tempo quando foi visitar sua prima Isabel. Ela o considerou como um ato de amor
e de cortesia. Ela buscou Nosso Senhor não somente quando sentiu ele alegria, mas
também quando ele chorou. Ela sentiu compaixão ao ver a pobreza e a confusão
daqueles que a convidaram para o casamento. Ela estava parada aos pés da cruz,
cheia de humildade, cheia de virtude e nunca atraindo atenção para si mesma
quando expunha suas qualidades” (Stopp, Cartas Seletas, pg 159.)
Quando Maria aceitou ser a mãe de Jesus ela recebeu mais do
que esperava no início. O fato de ter dado o “Sim” ao convite de Deus para ser
a mãe do Messias mudou sua vida para sempre. Mas, como observou São Francisco
de Sales ela constantemente reafirmava este “Sim” ao experimentar a vontade de
Deus para com seu filho, a vontade de Deus para com seu esposo e a vontade de
Deus para com ela. Nos bons, nos maus e em outros momentos, ela aceitou
completamente cada uma das situações que teve que viver.
Nós também somos chamados a dar vida a Jesus, e mesmo não
sendo um chamado para dar vida física, nosso chamado é um desafio não menos
importante nem menos exigente do que Maria teve que enfrentar.
Assim como podemos observar na vida de Maria, dar vida a
Jesus não é um fato que acontece somente uma vez: é um processo que dura toda a
vida. Dizer “Sim” para dar vida a Jesus significa ter fé na vontade de Deus
para conosco e para com os outros, um dia, uma hora, e cada momento ao longo de
nossas vidas. Dar vida a Jesus é aceitar completa e profundamente a
responsabilidade, os fatos e as circunstâncias em determinados momentos das
nossas vidas. É aceitar os golpes e manter a convicção de que Deus nos ama e
nos protege.
Maria nos recorda que dar vida a Jesus pode nos trazer mais
do que uma inconveniência, uma dor de cabeça ou dores de coração. Mesmo assim,
a vida de Maria se apresenta para nós como uma forma poderosa de recordar-nos
que a fidelidade de uma pessoa para com Deus pode mudar o mundo para o bem.
Para sempre.
P. Michael S. Murray, OSFS é o Diretor do Centro Espiritual
de Sales.
Tradução do espanhol: P. Tarcizio Paulo Odelli - SDB
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