quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Reflexão Salesiana para o 27º Domingo do Tempo Comum - 03 de outubro de 2010


As leituras e o Evangelho de hoje nos lembram que não é suficiente pertencer a uma comunidade de fé. Para que a nossa fé seja viva, temos que partilhá-la através do nosso serviço. São Francisco de Sales diz o seguinte:

A fé viva produz frutos de boas obras em qualquer tempo. Quando nos abrimos para receber as verdades da Palavra de Deus, vivemos de acordo com o Seu amor, e não segundo a nossa natureza.  Assim, a nossa fé no amor divino nos eleva para unir nosso espírito com Deus e nos leva a amar a imagem de Deus nos outros.

O servo atento deve demonstrar ter uma fé inquebrantável em nosso Salvador, especialmente quando confrontados com problemas internos e externos. Não devemos perder a nossa coragem, muito menos quando tentamos ajudar aqueles que se recusam aceitar o amor de Deus.  Pelo contrário, devemos orar e ajudar tanto quanto sua desgraça nos permita. Utilizemos todos os meios ao nosso alcance para prevenir o começo, o desenvolvimento e o domínio do mal. Imitemos Nosso Senhor neste sentido. Ele nunca deixa de exortar-nos, prometer-nos, proibir-nos, ordenar-nos e inspirar-nos para que afastemos nossa vontade do mal, mas sem privar a nossa liberdade.

Ainda assim, não busquemos um amor que tenta ultrapassar a perfeição nesta terra. Nosso progresso no caminho do amor sagrado pode ser comparado ao pássaro mítico chamado de Fênix.  Uma vez que a Fênix ressurge das cinzas, acabado de sair da casca do ovo, não possui mais do que algumas penas fracas e pequenas que apenas lhe permitem pular, em vez de voar. À medida que vai adquirindo força, planeia livremente pelo ar, mas não permanece no ar por um longo tempo, e desce ao chão para descansar. Uma vez que sua força e espírito foram renovados, a ave permanece no topo da montanha. Quando chegarmos ao céu, possuiremos um coração e um espírito totalmente livre das contradições e dos conflitos. Como ainda não temos nem o espírito nem a força dos bem-aventurados, por agora é suficiente que amemos com todo nosso coração. Isto significa simplesmente amar com um coração bom e sem reserva. Coragem irmãos!  Acendamos nossa fé novamente, reavivamo-la usando os dons que Deus nos deu para realizar boas obras, através do amor sagrado. Sem dúvida isto está em nosso poder.

(Adaptado dos escritos de São Francisco de Sales)

Destaque

“Exorto-te a reavivar a chama do dom de Deus... Pois Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e sobriedade”
“Senhor, até quando devo gritar a ti: Violência!” Por que me fazes ver iniquidades, quando tu mesmo vês a maldade? Destruições e prepotência estão à minha frente.”

Perspectiva Salesiana

Nas primeiras horas dos atos terroristas de 11 de setembro de 2001 estas antigas palavras do profeta Habacuc foram sentidas como se tivessem sido escritas especificamente para nós. Vimos o rosto do mal. Testemunhamos muitos atos de ódio e violência. Restos catastróficos - humanos, materiais, espirituais e emocionais através dos quais, ainda hoje, se procuram formas de lutar e vencer o terrorismo em todo o mundo e lidar com os casos que, em parte, contribuem para que haja terroristas.

O que devemos fazer?

Devemos não somente reconhecer a ameaça do terrorismo que envolve os Estados Unidos, mas também as pessoas de todas as raças, credos e culturas que buscam a paz, a liberdade, a justiça e a reconciliação. Devemos tomar medidas para livrar nosso mundo daqueles que promovem suas próprias queixas e programas à custa de vidas humanas.

Estes eventos são, ao mesmo tempo, uma chamada de advertência a um nível mais profundo e fundamental. Fomos desafiados a ver mais claramente a face menos evidente e mais sutil da violência e da destruição em nossas próprias vidas e nas vidas de nossas famílias, de nossos parentes e colegas. Temos que encarar o ressentimento, o abuso, o vício, o ódio, as fofocas e outras atitudes/ações que estão destruindo nossas mentes, nossos corações, nossas atitudes e nossas ações. Temos que enfrentar todos os tipos de pecados e males que dilaceram o tecido daqueles que, como nós, são filhos e filhas de Deus, como comunidade, igreja, país, como cidadãos globais.

Devemos identificar, enfrentar e conquistar tudo o que aterroriza a dignidade e o destino que Deus nos deu.

Para ter certeza, é preciso revolver as chamas de justa indignação em nós mesmos e nos outros. Este reavivamento do nosso espírito deve tornar-nos fortes e ao mesmo tempo deve tornar-nos amorosos e sábios. Não podemos permitir que nossos métodos para enfrentar a violência e o ódio se transformem num ciclo contínuo de violência e de destruição. Temos que responder, não reagir.  Precisamos ser sábios e não nos apressarmos. Devemos ser prudentes, não discriminadores. Acima de tudo, a dor que nós e outros, possamos experimentar na batalha para enfrentar o ódio em todas as suas formas, deve ser motivada e converter-se numa visão de justiça, de liberdade, de paz e de reconciliação que seja profunda, maior, tanto para nós como para todos.

Acima de tudo, o espírito que deve ser aceso para arder dentro de nós e entre nós não deve ter sua origem no medo. Francisco de Sales recorda-nos que agora, mais que nunca, devemos "Fazer tudo por amor e nada por medo."

Que Deus aumente e inflame seu espírito dentro de nós. À medida que enfrentamos as muitas faces do terrorismo (que são óbvias e que são mais obcuras) que Deus faça de nós - e nos mantenha - "fortes, amorosos e sábios.”

O P.Michael S. Murray , OSFS é o Diretor do Centro Espiritual de Sales. 

domingo, 26 de setembro de 2010

Francisco estudante em Pádua (3)

“Diamante insensível”
     Assim as jovens mais insinuantes de Pádua chamavam a Francisco de Sales.
     Um dia os colegas convidaram Francisco para visitar um famoso sábio que, segundo eles, acabava de chegar à cidade. Levaram-no a uma grande sala onde se encontra uma mulher jovem que afirma ser a esposa do grande sábio.
     Ela lhes diz que o Doutor virá dentro de alguns momentos e os outros jovens vão saindo do salão e deixando somente Francisco com a mulher.
     Então ela começa com suas adulações, a querer tomá-lo pela mão, sorri perfidamente e começa a pronunciar palavras de namorados, de elogios a sua elegância e amabilidade. Os outros expiam curiosamente do lado de fora, por uma porta ligeiramente entreaberta. Francisco reage calmamente, mas com valentia: “Senhora, eu imaginava que você fosse uma mulher digna. Eu não vim aqui para expor-me a nenhum jogo. Eu a respeito, porém você também tem que me respeitar. Eu sou um homem sério e não aceito adulações de mau gosto.” E afastando-se com toda dignidade, tomou seu chapéu e saiu rapidamente da casa. Os outros, ao vê-lo vir em direção à porta, saíram correndo a toda pressa e depois comentavam: “desta vez não foi Dalila quem venceu Sansão.”

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Reflexão Salesiana para o 26º domingo do Tempo Comum - 26 de setembro de 2010


As leituras de hoje nos recordam que devemos constantemente estar aberto para receber o amor de Deus e trabalhar pelo amor que lhe devemos.

São Francisco de Sales observa: Ricos e pobres são chamados a cumprir com o serviço devido a Deus. No Evangelho de hoje vemos como Lázaro, através do sofrimento, perseverou no amor fiel a Deus e morreu feliz. Enquanto o rico se agarrou com tanta força na sua riqueza, que a transformou no seu deus.

Como os ricos podemos tornar-nos obcecados com as nossas posses. Quando isso acontece, nós oramos para que Deus faça a nossa vontade em vez de orar para cumprirmos a vontade de Deus. Em outras palavras, tentamos usar Deus como meio para os nossos fins, que é uma ilusão. Deus é o nosso verdadeiro fim.

A ganância não é a única inclinação desordenada que podemos experienciar. Existem outras, que incluem o egoísmo, a raiva, o orgulho ou a inveja. Mas, se nos abrirmos para receber o amor de Deus nem nosso temperamento nem nossas inclinações irão entorpecer os nossos contínuos esforços para levar uma vida santa. No entanto, não importa quão abundante seja uma fonte de água. A força da água para regar as plantas do jardim é diretamente proporcional ao tamanho do canal que a transporta. O Espírito Santo é como uma fonte de água viva que flui em nossos corações tentando encharcá-los com Sua graça, sempre e quando consentirmos com ele. A graça não nos faltará, pelo contrário, nós é que perdemos a graça. O amor vivificante de Deus nunca é mau, se tivermos a vontade de recebê-lo.

Após sua conversão, São Paulo, que, por natureza era sagaz, rude e grave se abriu totalmente para receber a graça de Deus. Então, o amor de Deus, aproveitando a severidade de Paulo, tornou-o um homem determinado a fazer o bem e invencível para que pudesse enfrentar todos os tipos de sofrimento e trabalhos. Por acaso, o amor de Deus não está acima da natureza? Sejam perseverantes e, com a ajuda de Deus convertam todas as suas inclinações de forma racional. Então nos tornaremos mais atentos ao amor que devemos a Deus e todas as nossas boas ações darão os primeiros frutos que procedem do Espírito de Deus, que é a fonte de nosso próprio espírito .

(Adaptado a partir dos escritos de São Francisco de Sales)

Destaque:

"Combater o bom combate da fé".

Perspectiva Salesiana

Tanto a leitura do profeta Amós como a parábola do Evangelho de Lucas nos chamam a atenção para o fato de sermos complacentes com aquilo que se define como “não estar satisfeito como se deveria”, isto é, a autossatisfação e a falta de preocupação. A primeira e a terceira leitura sugerem que aqueles que estão satisfeitos são aqueles que correm maior perigo de sofrer um desastre pessoal.

São pouquíssimas as pessoas que estão "satisfeitas como se deveria.” Geralmente isso acontece lentamente e sutilmente. Nós permitimos que os bons momentos e as experiências nos transmitam uma falsa sensação de segurança. Então nós começamos a acreditar que, de alguma forma, estamos acima das provações e tribulações dos outros. Por isso sentimos que de alguma forma "chegamos," “concluímos,” mesmo quando a viagem da vida - com as suas responsabilidades, demandas e desafios - está longe de terminar.
São Paulo certamente reconheceu a tentação de “não estar satisfeito como se deveria.” Qual foi o remédio que indicou? "Combater o bom combate da fé. Busquem a justiça, a piedade, a compaixão, o amor, a fé e a mansidão."

Justiça - A adesão a um código moral ou ético.
Piedade - A devoção religiosa ou reverência a Deus e aos outros.
Fé - A crença na verdade, a coragem e a confiança de uma pessoa, ideia ou coisa.
Amor - A emoção profunda, doce, inefável carinho e solicitude pelos outros, um sentido de ser a gente mesmo.
Firmeza - Fidelidade, perseverança, algo imutável.
Mansidão – Ser considerado doce, sem gravidade.

Combater o bom combate requer um esforço constante. Requer energia. Requer vigilância. É uma preocupação constante. São Francisco de Sales diz: "Fazer o que é certo é bom, de maneira cuidadosa, frequente e prontamente."

Simplificando, a vida espiritual é um processo que dura toda a vida. Não importa quanto progresso estamos fazendo num determinado momento do caminho. Devemos evitar tornar-nos complacentes ou tornar-nos "satisfeitos até por não ter o suficiente.” Não importa quanto estamos realizando individualmente e coletivamente no amor de Deus e do próximo. Sempre aparecerão mais coisas boas para fazer.

...de maneira cuidadosa, frequente e prontamente.

Padre Michael S. Murray , OSFS é o Diretor do Centro Espiritual de Sales. 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Francisco estudante em Pádua (2)

Durante seus estudos em Pádua, Francisco é considerado por seus colegas como um tipo pacato, não se envolvia em brigas, não dizia palavrões e nem era um agitador ou agressivo.
E para testar a sua valentia, um dia resolveram atacá-lo. Ele os advertiu várias vezes, dizendo que era paciente, não era covarde e que a espada que trazia sempre não era apenas um adorno... em vão. Não lhe dão ouvidos e o atacam. Francisco desarma o primeiro e o segundo. E o terceiro, que era mais agressivo, Francisco o derrubou por terra e colocando a ponta da sua espada diante do seu coração gritou: "poderia matar-te, porém não o faço, porque creio em Deus".

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Dia a dia com São Francisco de Sales

No dia 16 de setembro de 1594, logo após chegarem ao Chablais, para iniciar a missão de restabelecimento do catolicismo na região, Francisco e Luís foram até Thonon, uma cidade que ficava uns seis quilômetros da fortaleza Des Allinges. Em Thonon se apresentaram ao procurador fiscal, Cláudio Marini. Ele lhes contou que havia sete famílias católicas em Thonon, no total, umas quinze pessoas. No dia 17 de setembro de 1594, os pastores protestantes estavam agitados contra a presença dos dois missionários católicos. Em Thonon e Genebra foram qualificados como perturbadores da ordem pública, sedutores, hipócritas, falsos profetas e feiticeiros. Na carta 444, São Francisco de Sales escreveu: "Deve-se suportar os outros, mas primeiramente importa aguentar-se a si mesmo. Tenha paciência a constatar o fato de ser imperfeito". E noutro lugar: "Os que progrediram muito, tendem sempre para frente e nunca pensam que já alcançaram o seu objetivo". É assim que irão assumir a missão que os espera no Chablais.

Cidade de Thonon, nos dias de hoje. 

25º Domingo do Tempo Comum - 19 de setembro de 2010



     O Evangelho de hoje nos diz que as pessoas que vivem em torno de si mesmas e de suas necessidades manipulam suas amizades. O cristão, por outro lado, deve se concentrar em ser uma pessoa confiável e servir um Mestre. Aqui estão alguns dos pensamentos de Sales São Francisco em relação à amizade:
     A existência e a continuidade da verdadeira amizade requer uma estreita comunicação entre os amigos. Quando sentimos um grande apreço por aqueles que amamos, abrimos nossos corações para a sua amizade de tal modo que suas inclinações, boas ou más, possam entrar em nós. Quando uma abelha qualquer sai em busca exclusivamente de mel, ao sugar, sem saber, absorve também as qualidades venenosas da planta da qual tirou o mel. Nosso Senhor nos disse que devemos ser bons banqueiros e bons cambistas. Não recebam dinheiro sujo com dinheiro bom. Isto significa não se comprometer com qualquer tipo de amor que seja contrário ao amor de Deus.
     É verdade que nós amamos nossos amigos apesar de seus defeitos. Ainda assim, a verdadeira amizade requer que nós compartilhemos o bem, não o mal. Os que procuram ouro na areia do rio, o vão peneirando e a areia vai sendo depositada na margem. Da mesma forma aqueles que compartilham de uma boa amizade devem remover a areia das imperfeições e não permitir que estas entrem em suas almas.
     A verdadeira amizade reside no coração, onde o amor de Deus ocupa um lugar principal. Portanto, esta amizade está radicada no amor de Deus, e isso garante que vai durar para sempre. Esta amizade anima, ajuda e aconselha os amigos para que façam boas obras. Quando duas pessoas passam numa estrada escorregadia se apoiam um no outro para não cair. O mesmo acorre com a amizade verdadeira. Isto nos mantém a salvo e nos ajuda diante dos muitos perigos que enfrentamos. A amizade não permite que o amigo pereça diante do mal sem primeiro tentar ajudá-lo e encaminhá-lo no caminho do bem, porque a verdadeira amizade só pode sobreviver entre as verdadeiras virtudes. A amizade é boa, santa e sagrada. Como é bom amar-nos e apreciar-nos uns aos outros neste mundo, pois da mesma maneira o faremos eternamente, na próxima vida!

(Adaptado dos escritos de São Francisco de Sales)


Destaque:

“Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes.”

Perspectiva Salesiana

"Um pequeno passo para um homem. Um salto gigante para a humanidade."

     As palavras do astronauta Neil Armstrong - acompanhado do "som" do seu pé plantado na superfície da lua - criou uma imagem global que afirmou de vez o nosso potencial como homens e mulheres. Também nos deu uma imagem que inspirou os futuros homens e mulheres para trabalharem em conjunto a fim de realizarem coisas maiores ainda dentro do nosso potencial humano.
     Em seu livro Almas Gêmeas (p.8), Thomas More sugere "a fabricação de almas" em termos de símbolos e imaginação. Na verdade, a sua premissa maior sobre a conversão e a transformação é que mudar as imagens é crucial para poder mudar as prioridades e os comportamentos.
     Mudar o foco foi a intenção de São Francisco em seu livro Introdução à Vida Devota. Uma mudança fundamental que, para ele estava ligada ao modo de conceber a imagem da santidade na vida católica. A imagem predominante de então era a do mosteiro, que acentuava a vida católica comprometida, como um projeto que está distante dos assuntos do mundo. A nova imagem era a corte, da mãe de família, do ferreiro, isto é, de qualquer pessoa, que via a vida católica como um projeto comprometido com assuntos do mundo. Ele diz: “Onde quer que estejamos, podemos e devemos aspirar a viver uma vida de compromisso. "(IVD, Parte 1, Capítulo 3)
     A imagem Salesiana oferece uma lente para ver a mensagem das Escrituras do dia de hoje.  Lucas em sua parábola, e Amós em seu pronunciamento profético falam ao homem ou a mulher envolvidos nos negócios da vida e convida-os a viver de tal modo que mostrem a mais alta expressão da dignidade e do destino que Deus lhes deu. Amós, do lado negativo, fala dos "chamados crentes” que ficam ansiosos para que a celebração litúrgica termine e assim possam retornar à fraude na busca do lucro. Jesus, de modo positivo, indica a prudência injusta do auxiliar na hora de satisfazer as suas necessidades em tempos de crise. Ele deseja esta qualidade da prudência inteligente para todos os crentes comprometidos que querem amar e servir a Deus com suas vidas, durante e após a crise.
     O que pode manter o católico comprometido no caminho da prudência inteligente? Sales oferece a imagem da oração e a reflexão para cuidar da alma nesta situação. Ele diz que os católicos comprometidos devem "imitar as crianças pequenas que com uma mão seguram seu pai enquanto que com a outra mão colhem morangos." (IVD, Parte 3, Capítulo 10)
     O mais importante que podemos fazer para converter-nos em tudo o que poderemos ser no mundo dos negócios (ou em qualquer lugar de importância) é fazer um esforço para permanecer atentos. O tempo usado para fazer uma oração e uma honesta reflexão nos ajuda a manter contato conosco, com os nossos valores, com nossa comunidade de fé, nossos vizinhos, e por excelência com Deus. Por trás da imagem Salesiana está a consciência de Francisco Sales de que pode isso acontecer com a melhor das intenções "no meio do trabalho duro." (Cartas da Direção Espiritual, P. 163 )
     A justiça, bem como os seus homólogos, a beleza, a verdade e o amor, muitas vezes podem permanecer como uma abstração. A justiça que é tecida no coração do católico comprometido, homem ou mulher de negócios (na verdade, de qualquer pessoa) pode ser coletivamente um "salto gigante para a humanidade", no sentido de um mundo mais justo e mais amoroso.

O P. Michael S. Murray, OSFS é o Diretor do Centro Espiritual De Sales.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Dia a dia com São Francisco de Sales

Após terem chegado à fortaleza de Les Allinges, Francisco e Luis celebraram a missa no dia 15 de setembro de 1594. Esta fortaleza defendia a região contra os assaltos dos calvinistas de Genebra. Estava no comando da fortaleza o Barão de Hermance, amigo do pai de Francisco de Sales. Ele os acolheu e mostrou, lá de cima o seu campo de trabalho, o Chablais. Durante 60 anos as pessoas que ai viviam, estavam sob o domínio dos calvinistas de Genebra. Tudo o que era sinal de catolicismo tinha sido destruído. As igrejas estavam arrasadas. Frente a esta destruição, Francisco disse ao seu primo: "Não posso entender como a cerca do Senhor foi arrancada, derrubada e pisoteada por seus proprietários. Por que não observaram a lei, e por que mudaram a aliança eterna?"  O Barão de Hermance deu conselhos aos mussionários e recomendou prudência. Ficou decidido que se alojariam na fortaleza e que começariam a pregar somente em Thonon.
O que resta da fortaleza hoje em dia é a pequena capela onde eles celebravam a eucaristia. O resto foi destruído. Veja a sequência de fotos da fortaleza de Les Allinges e da região.













terça-feira, 14 de setembro de 2010

Dia a dia com São Francisco de Sales


No dia 14 de setembro de 1594 Francisco de Sales e seu primo Luís de Sales partiram do Castelo de Sales como missionários para o Chablais. Levavam apenas a Bíblia, o livro da liturgia das Horas e o livro das "Controvérsias" do Padre Bellarmino. Foram a pé e sem nenhum recurso, pois o pai de Francisco tinha proibido ajudar seu filho, para que ele desistisse da missão.
Mais tarde, Francisco dirá numa carta: "Tudo o que se faz por amor, é amor. Cansaço e até a morte, aceitos por amor, não é outra coisa que amor! Hoje é o dia da Santa Cruz. Que lindo e digno do nosso amor! Foi um trabalho duro erguer o lenho e plantá-lo no Calvário, mas que felizes são os que amam a cruz e a carregam generosamente. Ela aparecerá em toda a sua glória no céu, quando nosso Senhor Jesus Cristo vier para julgar os vivos e os mortos para ensinar-nos que o céu é o altar dos crucificados. Por isso, queiramos bem as cruzes que encontrarmos em nosso caminho." (Cartas 713)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

24 Domingo do Tempo Comum - 12 de setembro de 2010


As leituras de hoje nos lembram do desejo de Deus que, motivado pelo seu grande amor, vai nos buscar quando nos extraviamos. Aqui estão algumas reflexões feitas por S. Francisco de Sales sobre o amor misericordioso de Deus:

O vinho que encanta e fortalece o coração representa toda a alegria e os prazeres terrestres. Por outro lado, o amor de Deus possui uma força e um poder incomparável sobre todos os prazeres terrenos para restaurar e revigorar o coração humano. Somente o amor divino é capaz satisfazer de felicidade perfeita o coração humano. Nosso Divino Amante não se contenta apenas em proclamar publicamente o seu desejo intenso de ser amado. Nosso Salvador vai de porta em porta, batendo, repreendendo e, proclamando: Retorne a mim e viva!  Eu vos tenho amado com um amor que é eterno.

Nosso Salvador não cessa de nos mostrar que a Sua misericórdia está acima de todas as suas obras, mesmo quando nos afastamos demais do caminho do amor de Deus. Quando o Senhor vê uma alma mergulhada no mal, corre em seu auxílio. Ao acolhermos o amor de Deus que vem nos salvar da nossa miséria, somos como plantas quase murchas e debilitadas pelo inverno, mas que agora crescem verdes e vigorosas. Então, nós recuperamos nossas forças e a nossa vida, graças ao "vinho" do amor celestial que alegra o coração humano. Deus em Sua infinita misericórdia deseja que todos alcancem a vida eterna e que ninguém pereça.

Mesmo assim, todos nós mantemos um ou dois amores falsos.  Estes amores nos afastam da nossa inclinação natural para amar a Deus. Mas, se formos fiéis a esta inclinação, a misericórdia de Deus nos ajudará a progredir no amor sagrado. Então, coloquemos na presença de Deus todos estes amores desordenados que possuímos e permitamos que Ele nos transforme completamente. Tentemos manter seu desejo firmemente enraizado no desejo de encontrar o bem que Deus nos mostrou, e assim, nosso Senhor nos ajudará a progredir no exercício do amor divino.  Deus dispôs que a cura supere sempre a doença. A Divina Providência mais de uma vez fez com que dois pedaços retorcidos de madeira se transformassem em obras de arte.

(Adaptado a partir dos escritos de São Francisco de Sales)

Destaque: “E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer ao seu povo.”

Perspectiva Salesiana

As leituras bíblicas do dia de hoje expressam fortemente suas opiniões ao descrever o grupo de pecadores entristecidos.  O povo a quem Deus derramou seu amor preferencial tornou-se “depravado e de cabeça dura,” deixando de adorar o único Deus verdadeiro para adorar um bezerro de metal. Diante da fraca criação de suas próprias mãos, eles se curvam em adoração e em sacrifício.

O autor do Salmo 51 admite sua culpa e seu pecado perante um Deus de bondade e de compaixão. São Paulo fala abertamente sobre a maneira como ele era e como ele viveu a sua vida antes de acreditar em Jesus. Ele foi, admite candidamente, um blasfemo, perseguidor do povo santo de Deus. Sua arrogância espiritual não tinha paralelo. Finalmente, o Evangelho narra a história familiar de um filho pródigo que desperdiçou sua herança numa vida despreocupada e dissoluta, e no desenrolar, fere o coração de seu pai.

Qual é o propósito desta ladainha do pecado, da culpa, da fraqueza humana e da falha? Este é o lado obscuro da boa notícia do evangelho, o fundo sombrio contra o qual a beleza e a graça esplendorosa da obra redentora de Jesus brilham com todo o seu esplendor. É o reconhecimento humilde de nossa total falta de poder e perda, como resultado de ter pecado contra um Deus bom e compassivo. Esta humildade, esta verdade sobre nós mesmos, é a condição necessária para poder ouvir o chamado às boas novas da fé e para receber em gratidão o poder da graça da cura.

Hoje em dia evitamos falar de pecados, especialmente do pecado pessoal. Nós não gostamos de reconhecer que rejeitamos a Deus ou que nos afastamos do caminho que ele nos indicou na Escritura, nos exemplos e palavras de Jesus e nos ensinamentos da Igreja. E ainda assim, é este reconhecimento, com humildade e verdade, que nos prepara para uma experiência libertadora da doce graça e do perdão de Deus.

Os santos são pecadores convertidos. Isto é o que as Escrituras proclamam hoje em voz alta e clara. A graça penetra nos fracos, penetra inclusive nos pecadores mais duros e os transforma em heróis e santos.

São Francisco de Sales tinha um grande respeito pelo exemplo dos santos, mas queria que as pessoas vissem os santos de uma forma realista, ou seja, como pessoas fracas e pecadoras que através do poder transformador da graça, tornaram-se heróis. São Pedro foi um herói para Francisco. Ele sentiu-se cativado por este homem. Em muitos aspectos Pedro foi um herói e sempre teve boas intenções, mas em outros teve falta de coragem ( "Eu não conheço o homem ") ou foi fraco na tentativa de compreender a quem Jesus realmente defendia ("Afasta-te de mim , Satanás"), e a quem mais uma vez traiu. Ainda assim, este homem se tornou um gigante pela graça! Em São Pedro, Francisco Sales descobriu que era útil para a espiritualidade, falar de um homem que cometeu pecados, com os quais outras pessoas poderiam se identificar, e também falar sobre um santo cuja santidade poderiam imitar. Seu herói tinha verrugas. Ao mostrá-las, ele estava, com efeito, animando a outros na busca da santidade.

Finalmente falemos do hino de louvor exuberante de São Paulo na segunda leitura. Isto marca o triunfo da graça sobre o pecado e a fraqueza humana, "Ao rei dos séculos, ao único Deus, imortal e invisível, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!".

Padre Michael S. Murray, OSFS é o Diretor do Centro Espiritual de Sales. 

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Dia a dia com São Francisco de Sales



O dia 8 de setembro de 1597 marca o início das “Quarentas horas do Santíssimo Sacramento” que aconteceu na igreja de Nossa Senhora em Annemasse. Este local era próximo a Genebra e Francisco de Sales fez neste dia uma pregação magnífica sobre a Eucaristia.
Hoje também celebramos a data do nascimento de Maria e sabemos que Francisco de Sales tinha uma grande devoção para com esta festa de Maria, comprovado nos seus sermões e cartas. Veja o que ele escreveu sobre Maria, na carta 308: “Ó meu Deus, quando vamos ter a graça de ter presente no nosso coração a Santíssima Virgem? Quanto a mim reconheço ser indigno deste favor, e certamente você pensa o mesmo sobre si. Mas o Filho Divino nasceu num presépio. Ânimo, portanto! Preparemos um lugar para Maria. Ela só gosta de lugares humildes e de simplicidade completa, no entanto de ampla caridade. Ela fica muito satisfeita de estar perto de um presépio, vendo-se obrigada a ir ao exílio no Egito, longe de todo conforto, enquanto tivesse o seu Filho consigo.”

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Francisco em Pádua - 1588-1592 (1)





Depois de seus estudos em Paris, volta para sua casa. Seu pai quer que se doutore em direito na Universidade de Pádua. Ali é matriculado em novembro de 1588. Cidade da arte e da ciência. Cidade do “Santo” (Antônio) Impôs-se 8 horas diárias de estudo: 4 horas para o estudo do direito, obedecendo a seu pai e 4 horas estudando teologia. A guisa de passatempo estudou botânica e até medicina.
Durante três anos se impregnou com o direito justiniano.
Em teologia colocou-se sob a direção do P. Antonio Possevin (1534-1611) – jesuita, humanista, educador e teólogo – compôs a obra “Biblioteca selecta de ratione studiorum (1593).  O tema central de seus estudos teológicos foi a “Graça”. ( a graça e seus socorros, a graça e a predestinação;  predestinação e a reprovação.)

Irá desenvolver uma “espiritualidade salesiana”: não omite o termo “indispensável.” Não vai ao Tabor da alegria cristã ao triunfo da Páscoa sem passar pelo calvário. Francisco de Sales sabe que Deus nos espera a todos no momento da agonia e é ai que nos defrontamos com o Absoluto e onde nosso destino eterno é decidido.



Nesta época lê o livro “Combate espiritual” escrito em 1589 por D. Lorenzo Scupoli.  Nele encontra sua finalidade precisamente definida e seu caminho exatamente determinado. Lê: “a perfeição não consiste nas práticas exteriores, na religião formal, mas em total desapropriação de nossa vontade e resignação à de Deus, submetendo-nos não apenas a Ele, mas a toda criatura por seu amor e isto unicamente para seu beneplácito, porque Ele assim o quer e porque Ele merece ser servido e amado” (Ch I)

O objetivo do amor é agradar a Deus por uma submissão absoluta de amor. Tal é a regra de ouro da santidade salesiana. A submissão ao beneplácito divino unicamente liberta; a revolta nos une ao nosso tormento. Aqui começam o céu e o inferno!



No final de 1590 ou começo de 1591 elabora um “Regulamento de vida”, de acordo com seu diretor espiritual, P. Antonio Possevin. Resumidamente é assim:
  1. Exercício da preparação – “Fá-lo-ei ao menos uma vez por dia: a saber, de manhã; consiste num exame de previdência, feito na presença de Deus, daquilo que se prevê advenha durante o dia.”
  2. Depois escreve 7 artigos para bem passar o dia. “De manhã, logo ao despertar, darei graças a Deus... Depois, pensarei em algum sagrado mistério... Não faltarei de assistir todos os dias a Santa Missa”... O terceiro  destes artigos é original: “Como o corpo tem necessidade de entregar-se ao sono para descansar e repousar os membros lassos, assim também é necessário que a alma disponha de algum tempo para dormitar e descansar entre os braços do celeste Esposo, a fim de por este meio restaurar as forças e o vigor das potências espirituais: portanto, destinarei todos os dias tempos determinados para esse sagrado sono, para que minha alma, à imitação do discípulo bem-amado, durma em toda segurança sobre o amável peito, isto é, no coração amoroso do amoroso Salvador.” 

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Reflexão Salesiana para o 23º Domingo do Tempo Comum - 05 de setembro de 2010


O Evangelho de hoje nos recorda que, se realmente valorizamos o fato de sermos discípulos de Jesus, devemos ser decididos, e nossa mente deve estar focada apenas em relação às coisas que nos levam ao caminho do amor a Deus e do amor aos nossos semelhantes. São Francisco de Sales diz que este trabalho requer uma reorientação de nossos afetos:

O amante verdadeiro não se deleita com quase nenhuma outra coisa que não seja o objeto do seu amor. Assim acontece com nossas amizades que não boas e excelentes. Estas amizades são inteiramente para Deus e de Deus. O amor e a amizade que temos para com Deus vai durar toda a eternidade, já que a sua ligação, que é sólida e permanente, é o amor divino.

Como resultado do nosso desejo de amar a Deus acima de todas as coisas, pouco a pouco vamos nos desprendendo de todos os afetos que são insignificantes, que não têm nenhum valor diante Dele, pois não há garantia de que vai durar para sempre. Além disso, sentir amor pelas coisas e amizades cujo núcleo não é o amor de Deus, só nos levam a um caminho vazio. Contudo, não podemos ficar muito tempo privados de qualquer tipo de afeto. Devemos aceitar os sentimentos que são dignos de nosso serviço ao amor de Deus. Se nos despojamos do nosso antigo amor por nossos pais, nosso país, nossa casa, nossos amigos e as coisas, temos que reiniciar o carinho por eles, mas uma nova maneira. Este afeto que sentiremos agora, não será para nosso próprio benefício, mas fará parte do nosso serviço para a glória de Deus.

O pescador tece uma rede forte e bem amarrada, para que ele possa flutuar sobre as ondas. Estando em seus ninhos, as aves são donas do oceano. Da mesma forma, mesmo que existam coisas transitórias que rodeiam nossos corações mantenhamo-nos sempre à tona, acima de tudo, para que assim possamos presidi-los. Nossos corações só devem estar abertos para o céu. Uma vez que deixamos tudo pelo amor de Deus, adquirimos a liberdade para pôr em prática as virtudes, de acordo com o amor divino. Amemos, pois a nossos queridos amigos, amemos nossas relações e nossas coisas, mas somente por meio do amor e amizade sagrada, que durará para a eternidade.

(Adaptado a partir dos escritos de São Francisco de Sales )


Destaque

“Com efeito, qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar?”

Perspectiva Salesiana

A vida pode ser tão frustrante, por vezes, sem torná-la pior, porque não tivemos a capacidade de olhar para frente. Quantas vezes tivemos que voltar para casa porque não fizemos a lista daquilo que precisávamos comprar? Quantas vezes corremos, no mesmo dia, até as lojas de material de construção porque simplesmente não gastamos tempo para considerar em primeiro lugar todos os materiais que tínhamos necessidade para realizar um projeto?  Quantas férias ou quantas viagens foram infelizes porque não sentamos para considerar todas as coisas que deveríamos ter levado conosco?

Qualquer coisa que vale a pena ser feita, não importa quão simples ou complexa, vale a pena fazê-la bem. E o primeiro passo para fazer algo bem feito, é planejar com antecedência.

Nós escutamos com clareza os ecos desta verdade na parábola do Evangelho de Lucas. Jesus chama a atenção de sua plateia dizendo que a primeira coisa que se deve fazer é determinar o que será necessário para realizar uma tarefa importante, antes de começar a trabalhar. Por seu lado, São Francisco de Sales recomenda: "Seja cuidadoso e atento a todas as questões que lhe são confiadas por Deus. Como Deus as confiou a você, Deus quer que você coloque nelas muita atenção.”

Claro, sabemos que a tradição salesiana diz-nos que não devemos ficar obcecados em fazer planos com antecedência até o ponto de ficarmos ansiosos ou compulsivos. No entanto, esta mesma tradição diz-nos que não devemos começar a fazer as coisas ou os projetos de uma forma perigosa e sem cuidado. A nossa própria experiência mostra claramente que quando deixamos de planejar, estamos planejando falhar com frequência.

Tomemos uma página da vida de Jesus. Antes de iniciar seu ministério público entrou no deserto, quando, sem dúvida, ele fez um inventário de todas as coisas necessárias para realizar o grande plano de Deus para com ele: a salvação da família humana. Jesus não começou o seu ministério de forma desordenada, ele não inventou as coisas à medida que avançava. Ele era decidido e era sábio. Antes de iniciar seu ministério a sério, considerou tudo o que precisaria - com o amor do Pai - para redimir toda a criação através de sua vida, seu amor, sua paixão, morte e ressurreição.

Deus nos deu o mais importante de todos os projetos: continuar a obra de Cristo na terra, para ser fonte de paz, justiça, reconciliação, verdade, esperança, carinho e amor de Deus para as outras pessoas. Tal como a torre no Evangelho de hoje, a realização deste objetivo pode ser coisa realmente muito difícil de fazer. Ainda assim, alguns de nós pensamos em anular quarenta dias no deserto para determinar o que precisamos para poder seguir a vontade de Deus e para ser o tipo de pessoas que Deus nos chamou a ser. Quando se supõe que devemos calcular o que precisamos para ser bem sucedidos, para sermos fieis em nossa busca por isso, o maior de todos os projetos?

Que tal se o fizéssemos nos primeiros minutos de cada dia?

Padre Michael S. Murray, OSFS é o Diretor do Centro Espiritual de Sales.