“Ele viu e acreditou” (Jo 20, 8)
Pedro, o jovem João, Maria Madalena e as mulheres se
apressaram para ir ao sepulcro. Correram para ver que o Senhor Jesus
tinha ressuscitado e acreditaram. Como eles e elas, sintamos alegria de
crer e de sentir a presença animadora de Jesus ressuscitado que caminha
conosco.
Desejo a vocês uma feliz e santa Páscoa! E agradeço os votos enviados. Que esta troca seja proveitosa para todos nós!
Desejo a vocês uma feliz e santa Páscoa! E agradeço os votos enviados. Que esta troca seja proveitosa para todos nós!
Um abraço,
Perspectiva Salesiana
"A morte e paixão de Nosso
Senhor é a razão mais doce e mais convincente de que o nosso coração pode ser
encorajado nesta vida mortal... Os filhos cruz se glorificam nisso. O paradoxo
surpreendente que muitos não entendem é que na morte, que devora todas as
coisas, surgiu o alimento da nossa consolação. Da morte, que é mais forte do
que todas as coisas, veio todo o doce mel do nosso amor." (Tratado do Amor
de Deus, Livro 12, capítulo 13)
Verdadeiramente este é o mistério
central da nossa fé. Jesus, ao permitir-se a si mesmo ser consumido com paixão
e devorado pela morte, ao mesmo tempo, conquistou a morte de uma vez por todas
com a paixão que é o poder da vida eterna.
O caminho da paixão, morte e
ressurreição de Cristo foi pessoal: foi único. Foi designado pelo Pai desde
toda a eternidade. Jesus foi fiel à visão de Deus para ele. Jesus aceitou sua
vocação como Messias humilde e gentil. Jesus sofreu a dor da morte. Jesus
experimentou o poder da ressurreição.
Deus planejou um caminho pessoal
para cada um de nós desde toda eternidade. Cada um de nós tem um papel único a
desempenhar na revelação da vida divina, do amor divino, da divina justiça, paz
divina e da reconciliação divina do Pai. Ainda assim, o caminho para a
ressurreição é o caminho da cruz, o caminho da entrega, o caminho para a
libertação, o caminham onde todas as coisas são entregues, os pensamentos, as atitudes
e as ações que não nos personificam com a Paixão de Cristo: a paixão por tudo o
que é certo e verdadeiro.
Francisco de Sales oferece esta imagem
no Livro 9 do Tratado do Amor de Deus: "Deus mandou que o profeta Isaías
se despisse completamente. O profeta o fez, e saiu e foi para pregar dessa
forma por três dias inteiros (ou, como alguns dizem, por três anos inteiros).
Então, quando terminou o tempo que Deus tinha designado, ele colocou suas
roupas novamente. Assim, também, devemos tirar todo os afetos, pequenos e
grandes, e examinar frequentemente os nossos corações para ver se tudo está
realmente pronto para despojar-se de todas as nossas roupas como fez Isaías.
Então, no momento apropriado vamos recuperar as afeições que são adequados para
o serviço da caridade, para que possamos morrer nus na cruz com nosso Divino
Salvador e, em seguida, subir novamente como novas pessoas."
Tenham a certeza de uma coisa: a morte
diária em nós mesmos, que faz parte de viver uma vida apaixonada, não se trata
da morte em si, nem de nos desfazermos e de deixar certa coisas para o nosso
próprio bem-estar. Não, trata-se de que tudo aquilo que pode ser purificado
para que possamos viver uma vida de paixão divina de forma mais eficaz e
fielmente. Deus não deseja que morramos para nós mesmos como resultado de autodepreciação.
Deus quer que morramos para nós mesmos, ironicamente, para que possamos ser
mais parecido com aquilo ao qual Deus nos chamou para ser.
"O amor é tão forte quanto a
morte, quando se trata de permitirmos o abandono de todas as coisas",
escreveu São Francisco de Sales. "É tão magnífico como a ressurreição nos
adornar de glória e de honra."
Esta glória e honra não está só
reservada para o céu. Na medida em que nós morremos um pouco a cada dia e
experimentamos a fidelidade do amor de Deus no meio da adversidade, das
provações e das dificuldades, é possível que alguns desses dons possam ser
nossos, inclusive aqui na terra.
P. Michael S. Murray, OSFS - Diretor-geral
do Centro de Espiritualidade de Sales.
Dos escritos de São Francisco de
Sales
Feliz Páscoa! Hoje nós celebramos
o momento único na história da humanidade: a ressurreição de Jesus, que
triunfou sobre a morte. Hoje congratulamo-nos com os recém-batizados, cuja nova
vida em Cristo irá prepará-los para a glória eterna. São Francisco de Sales
fala da necessidade de renovar a cada ano o nosso desejo de servir a Deus de
viver para Jesus.
Tendo sobrevivido à morte, Jesus
continua a existir através de suas obras. Chegará um dia em que nós também
ressuscitaremos dos mortos. Então nossos corpos mortais, que estão agora
sujeitos à corrupção, se tornarão imortais. Jesus tomou a nossa semelhança e
nos deu Sua semelhança, para que pudéssemos ter uma nova vida em
abundância.Nosso Deus nos inspira e nos impulsiona a aceitarmos amorosamente
conversão. No batismo cada um de vocês se torna filho de Deus, com o
compromisso de se formar de acordo com a Lei do Evangelho. Ao sair de seu
antigo eu, vocês foram criados de novo em Cristo.
Mas, enquanto estamos vivos
devemos renovar e começar de novo. Com os nossos corações acontece o mesmo que com
alguns relógios que precisam ser limpos e reparados. Ás vezes é necessário endireitar
as peças que foram dobradas e substituir aquelas que já estão desgastados. Façam
este exercício todos os anos para confortar os vossos corações, infundir um
novo sopro de vida a suas boas resoluções no serviço de Deus, e ajudá-los a
florescer com força renovada.
Durante o inverno a terra repousa,
descansa e não produz. Quando chega a primavera, a terra se renova, brotam
flores que nos enchem de alegria. Como a nossa natureza tende a esfriar
facilmente, devemos renovar nossa promessa de amar a Deus acima de todas as
coisas, e amar tudo o que é aceitável a Deus, favorável para a honra de Deus, e
porque somos destinados para glorificar a Deus. Antes de ir para a glória
eterna, o Jardineiro quer plantar muitas flores em nosso jardim. Devemos servir
a Deus como Ele quer que façamos. Então vai chegar um dia em que Ele vai fazer
o que queremos, e nos dará muito mais do que poderíamos chegar a desejar. Quando
criados para conduzir nossas vidas no caminho do amor divino, nós vivemos por
nosso Salvador ressuscitado. É o dia que Senhor fez. Alegremo-nos. Aleluia!
(Adaptado dos escritos de São
Francisco de Sales)
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