sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Francisco estudante em Pádua (4)

Às voltas com os estudos e a vida austera, ficou gravemente enfermo. Os médicos diagnosticaram que mais nada tinham a fazer. Longe dos seus, Francisco colocou tudo nas mãos de Deus: “seja feita a tua vontade!” Chegou a deixar o próprio corpo em testamento para que fosse usado em estudos de autópsia pelos médicos.
Mas a vontade de Deus era bem outra...


Um dos seus professores foi Guido Panciroli (1523-1599) – Durante três anos se impregnou com o direito justiniano. O grande jurisconsulto afeiçoara-se a Francisco e queria ser ele mesmo o “promotor” do doutoramento. Deu-lhe “grandes louvores”, lhe entregou o anel, a coroa e os privilégios da Universidade. Francisco de Sales doutorou-se no dia 5 de setembro de 1591 em Direito Civil e Canônico na Universidade de Pádua. (In utroque jure: em direito civil e canônico.) Tinha então 24 anos.


Escreve e fala em Francês, Latim, Italiano e compreende grego e hebraico.
Em teologia colocou-se sob a direção do P. Antonio Possevin (1534-1611) – jesuita, humanista, educador e teólogo – compôs a obra “Biblioteca selecta de ratione studiorum (1593). O tema central de seus estudos teológicos foi a “Graça”. (a graça e seus socorros, a graça e a predestinação;  predestinação e a reprovação.)
Irá desenvolver uma “espiritualidade salesiana”: não omite o termo “indispensável”;  não irá ao Tabor da alegria cristã, ao triunfo da Páscoa, sem passar pelo calvário: Francisco de Sales sabe que Deus nos espera a todos no momento da agonia e é ai que nos defrontamos com o Absoluto e que o nosso destino eterno é decidido. 

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