sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Reflexão Salesiana para o Primeiro Domingo do Advento - 02 de dezembro de 2012



Destaque: "Sejam vigilantes em todos os momentos."
Perspectiva salesiana

As leituras de hoje nos transmitem uma sensação de saudade e expectativa. As leituras de hoje falam da expectativa de uma promessa divina que será cumprida: o dia em que a justiça de Deus estará disponível para todos, e não apenas para uns poucos que foram escolhidos. As leituras falam da nossa necessidade de estarmos alertas, para que quando chegar o dia em que a promessa se cumprirá, não estarmos despreparados.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Reflexão Salesiana para o domingo de Cristo Rei - 25 de novembro de 2012


Cristo Rei da Glória Imagem da Igreja Santa Maria Alla Fonte - Milão

Destaque: "Seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá."

Perspectiva Salesiana

     Hoje celebramos o reinado de Cristo, o poder de Cristo, o verdadeiro caráter de Cristo. Ao contrário de reis terrenos, o reino de Cristo, como ouvimos na leitura do livro do profeta Daniel, é um reino eterno. Ao contrário de outros reis, o reino de Cristo nunca deixará de existir.
     Que tipo de rei é Deus? Qual é a diferença, comparando com os outros monarcas? Para responder a essas perguntas, lemos as palavras que São Francisco de Sales pronunciou numa conferência sobre "a esperança" para as Irmãs da Visitação em 1620. A ocasião era a celebração da fundação da outra comunidade de Visitação (cerca de 80 comunidades foram criadas até a morte de Santa Joana de Chantal em 1641): "Sempre teremos apenas um e um único rei, nosso Senhor crucificado e debaixo da sua autoridade viverão seguras e a salvo onde quer que estejam. Não tenham medo que possa estar faltando alguma coisa, porque enquanto o escolherem sobre qualquer outro rei, ele sempre estará com vocês. Preocupem-se em crescer no amor e na fidelidade a bondade divina de Cristo, mantendo-se o mais próximo possível que puderem perto Dele e verão que tudo sairá sempre bem. Aprendam com ele o que devem fazer. Não façam nada sem o seu conselho. Este rei é o amigo fiel que irá guiar, governar e cuidar  e peço, com todo o meu coração, que façam isso."
     Ele não é um ditador benevolente. Não é um tirano benevolente. Não é um monarca com poder de subjugar os outros. Não é um líder que só está interessado em si mesmo e que consolidou a sua riqueza e influência, em detrimento dos outros.
     Cristo crucificado é um rei. Ele é um monarca que dá a sua vida para os outros. O objetivo do seu reino é servir as necessidades das pessoas. Seu reino nos provê com conselhos sensatos. Seu estado foi fundado e tem como base a verdadeira amizade e o amor.
     Francisco de Sales (como muitas vezes fez) quando escreveu em sua Introdução à vida devota, que "nada se perde com uma vida generosa, nobre e cortês e com um coração justo e razoável e, como se diz, leal" (Parte III, Capítulo 36).
     Tal como Cristo, somos chamados a usar o poder que Deus nos deu, e com a promessa de atender às necessidades dos outros. Como Cristo, o nosso "direito divino" e real, obriga-nos a amar uns aos outros com "um coração verdadeiro, justo e nobre."
     Como estamos fazendo uso do "direito divino" de filhos e de filhas de Deus?

P.Michael S. Murray, OSFS - Diretor do Centro de Espiritualidade de Sales.
Tradução e adaptação: P. Tarcizio Paulo Odelli - sdb

Dos Escritos de São Francisco de Sales

     Hoje é a Festa de Cristo-Rei. São Francisco de Sales afirmou que foi por inspiração divina que a palavra "rei" foi escrita na cruz de Jesus. Ele acrescentou: Nosso Senhor veio como pastor e como Rei dos Pastores. Pastores são aqueles assumem o compromisso de levar uma vida santa. Neste sentido, todos nós somos pastores e Nosso Senhor deseja que favoreçamos os outros como a si mesmo. Como um bom pastor e pastor amável de nossas almas que são as suas ovelhas, Jesus veio para nos ensinar o que devemos fazer para que tudo possa ser feito por causa Dele.
     Ele veio para recriar o que foi perdido, e ninguém nunca foi traído por ele. Jesus como um rei foi chamado para ser o Salvador e Ele deseja que outros compartilhem a glória de serem líderes, em especial sua Mãe Santíssima. Jesus fez com que a bondade de Deus cresça mais do que a maldade. Ele venceu a morte, a doença, o sofrimento e o abuso de nossos desejos sensoriais. A obra de Jesus é verdadeiramente salutar quando toca nossas misérias e nos torna dignos de amor. Tendo o amor de Deus, estamos capacitados para participar do trabalho de nosso Salvador, que Deus desejou para salvar o povo hebreu, através de Abraão, Isaac, Jacó e outros profetas. Percebemos o prazer e o cuidado de Deus ao enviar Nosso Salvador Jesus Cristo ao mundo.
     Nós plantamos videiras por causa de seus frutos. No entanto, as folhas e os botões precedem a fruta. Da mesma forma, enquanto nosso Salvador foi o primeiro no plano eterno de Deus sobre a criação, a videira (o universo) foi plantada. Por isso, Jesus é chamado de "primogênito de todas as criaturas." Como folhas ou flores, as muitas gerações que precedem Jesus prepararam o caminho para ele. Como somos felizes quando escolhemos Jesus como nosso líder, que nos dá a paz inigualável e a calma que se seguem. Nosso Salvador nos mostra que a majestade de Deus não se deixa vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem: o trabalho de um verdadeiro rei.

(Adaptado dos escritos de São Francisco de Sales, especialmente Sermões, L. Fiorelli, ed.)

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Reflexão Salesiana para o 33º Domingo do Tempo Comum - 18 de novembro de 2012


Destaque: "Quanto ao dia exato ou hora, ninguém sabe... senão o Pai".

Perspectiva Salesiana

     As escrituras são claras: o mundo como nós o conhecemos, deixará de existir. A Escritura também deixa claro que não podemos esperar para saber "o dia e a hora exatos" quando esse momento irá chegar.
     No entanto, é bastante natural que algumas vezes sentimos ansiedade quando imaginamos que o mundo que conhecemos, deixará de existir. É ainda mais compreensível que sintamos ansiedade ao considerar a inevitabilidade de nossa própria morte. A este respeito, tampouco sabemos o "dia e a hora exata."
     Francisco de Sales lembra-nos que: "Estamos caminhando nesta vida como se fosse sobre o gelo."
     Como devemos lidar com o fato de que um dia nossa vida terrena chegará ao fim?
     A maneira de lidar com um futuro incerto é tentar viver bem cada um dos nossos momentos no presente. O momento presente é o único tempo que temos à nossa disposição. O momento presente é o único momento em que temos de tomar decisões que podem ajudar - ou prejudicar os esforços que fazemos para nos prepararmos para a eternidade.
     São Francisco de Sales recomenda: "Mantenha seus olhos fixos neste dia maravilhoso da eternidade que nos leva ao longo dos anos que passam, à medida que passam por nós, também de etapa em etapa, até chegar ao fim da estrada. Entretanto, nestes momentos que vão passando atualmente, nota-se uma pequena semente, é a semente da eternidade, e em nossas pequenas e humildes obras de devoção está escondido o prêmio da glória eterna, e nas pequenas provas que suportamos para poder servir a Deus, se encontram indícios desta felicidade que nunca termina". (Stopp, cartas seletas , p. 236)
     Na medida como vivemos cada momento presente, experimentaremos o dom da paz. "Devemos viver pacificamente em todas as coisas e em todos os lugares", diz São Francisco de Sales. "Se aparecer um problema, externo ou interno, devemos recebê-lo de forma pacífica. Se a felicidade vem, devemos recebê-la de forma pacífica, sem que o coração bata mais. Se devemos evitar o mal, devemos fazê-lo pacificamente, sem que isto nos preocupe. Se houver um bom trabalho para fazer, também devemos fazê-lo de forma pacífica".
     Coloque-se nas mãos e no coração de Jesus. São Francisco de Sales nos lembra de que Ele "é o príncipe da paz. Quando o aceitamos como nosso mestre absoluto, tudo é paz." Coloque-se nas mãos do coração de Jesus, que é o mestre de cada momento presente. Se nos acostumarmos a viver cada momento presente, estaremos mais bem preparados para viver o nossa último momento".
     Quando vivemos em paz, quando vivemos com propósitos, podemos lidar com qualquer coisa que a vida nos apresente: tudo, inclusive a própria morte... uma morte que nos leve à vida eterna.

P. Michael S. Murray, OSFS - Diretor do Centro de Espiritualidade de Sales.
Tradução e adaptação - P. Tarcizio Paulo Odelli - SDB

     As leituras de hoje nos lembram que não devemos ter medo se colocamos nossa esperança e fé em Deus.
São Francisco de Sales tem muito a dizer sobre a esperança, a fé e a confiança em Deus. Esperança em Deus, pois Deus vai livrá-lo de seus sofrimentos ou dar a força para suportá-los.
     Quando temos fé em Deus, estamos protegidos contra os nossos inimigos e os terrores da noite. Dizer "eu acredito em Deus" significa dizer que não confiamos em nossa própria força, mas na força de Deus. Deus exerce um carinho para conosco quando abandonamos todas as nossas ansiedades e medos à Divina Providência. Contudo, Deus deseja que façamos tudo o que estiver ao nosso alcance para realizar nossas tarefas.
     Vá em frente cheio de coragem, mas com simplicidade. Nós não devemos pensar que não temos talento para fazer o que somos chamados a fazer. Pensar que não somos virtuosos o suficiente não deve nos preocupar. Os apóstolos eram pescadores que receberam talentos e santidade, na medida em estes dons eram necessários para cumprir a missão que Deus confiou a eles.
     Vá em frente sem se preocupar e sem voltar atrás. Se você trabalha para a glória de Deus, Ele sempre lhe dará o que você precisa no momento adequado, e dará o que é necessário, tanto para você e como para aqueles que foram confiados aos seus cuidados. Se você se sentir desanimado, jogue-se imediatamente nos braços de Deus, confiando-se aos cuidados Dele. Nós não devemos ficar chateados se temos ataques de ansiedade e tristeza, pois eles nos dão a oportunidade de praticar melhor as virtudes da confiança em Deus e a gentileza.
    Temos que nos incentivarmos uns aos outros na santa esperança, sem cansar. Devemos caminhar na esperança, tranquilamente, com cuidado, mas com confiança. Vamos escalar o Monte Tabor, onde, em fé, esperança e confiança em Deus, vamos encontrar Jesus quando Ele vier na glória.
(Adaptado dos escritos de São Francisco de Sales, especialmente Sermões, L. Fiorelli, ed.)

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Reflexão Salesiana para o 32º Domingo do Tempo Comum - 11 de novembro de 2012


Muito interessante esta imagem que encontrei no site Creia em Jesus Cristo, tudo em todos. Mostra claramente o que a liturgia deste final de semana fala para nós. Não adianta dar do supérfluo, daquilo que não faz falta na vida, só para aparecer. Deus aceita o pouco que temos, quando dado com o coração, como foi o caso da viúva. 

Destaque: Confiar em Deus nos torna generoso com os outros.

Perspectiva Salesiana

     A primeira leitura e o Evangelho de hoje nos contam a história de duas viúvas que são muito semelhantes. Elas, em vez de colocar a confiança em muitas outras coisas, confiaram plenamente em Deus. Posteriormente ambas receberam o reconhecimento e a recompensa por sua confiança e por sua fé Nele.
A primeira viúva é estrangeira para os hebreus. Ela é de Sarepta, uma cidade na costa do Mediterrâneo. Elias viajou por aquela terra em tempos de fome. Como era de se esperar, quando existem situações de fome, os ricos se queixam que os pobres morrem de fome. A mulher era pobre. Quando Elias a conheceu, ela estava recolhendo a última coisa que tinha, antes de que seu filho e ela morressem. Imaginem um estranho se aproximando desta mulher e pedindo algo para comer em o nome do Senhor. Imaginem também esta mulher colocando sua fé em Deus e dando comida para o profeta. Depois de colocar toda a sua confiança em Deus, o profeta anunciou, da parte de Deus, que ela teria comida suficiente "até o dia em que o Senhor enviar a chuva sobre a face da terra".
     A segunda viúva foi aquela que, de acordo com a leitura do Evangelho, colocou duas moedas no tesouro do Templo. Jesus disse que a sua doação, mesmo que parecesse insignificante era realmente grande, porque ela tinha dado tudo o que possuía. A maior doação que ela fez foi, realmente, o ato de depositar sua fé em Deus para que Ele cuidasse dela.
     O que estas duas viúvas fizeram são coisas que para nós se tornam extremamente difíceis. Não importa quão grande seja a nossa fé. É muito difícil colocar plenamente nossa confiança em Deus. Existe em nós a tentação de encontrar a solução para os nossos problemas fora do âmbito da fé. Há uma grande falácia nos nossos tempos: pensar que o dinheiro pode resolver todos os nossos problemas. O trabalho de anunciantes é vender a ideia de que podemos comprar a felicidade. Paradoxalmente a felicidade para aqueles que foram abençoados com riquezas materiais é, muitas vezes, que eles compartilham livremente os seus sucessos com os outros.
     A mensagem mais importante das leituras de hoje é que coloquemos toda a nossa confiança em Deus, em vez de colocar nas coisas materiais. Isto é difícil para nós, porque exige que coloquemos em prática a virtude perdida da humildade. Somente uma pessoa humilde, reconhecendo a necessidade profunda que tem de Deus, tem a certeza de que a presença de Deus em sua vida é fundamental para a sua felicidade.
     Talvez algum dia tenhamos este grau tão profundo de fé e confiança em Deus, como o tiveram estas duas viúvas que confiaram nele. Também é verdade que esta é a razão fundamental pela qual nos reunimos para adorar, orar e celebrar os Sacramentos: mesmo quando estamos conscientes de que nossa fé pode ser fortalecida, também reconhecemos que não podemos fazer isso sozinhos.
     Precisamos de Deus. Precisamos uns dos outros.

Dos escritos de São Francisco de Sales e Santa Joana de Chantal.

     As leituras de hoje nos inspiram a doar-nos algo de nós mesmos, naquilo que somos e temos, num nível mais profundo.
     São Francisco de Sales nos apresenta maneiras simples para realizar isso, estabelecendo prioridades naquilo que é importante na vida: o amor de Deus é encantador, pacífico e tranquilo.
     Nosso amor para ser eficaz, deve fluir deste amor divino. Para amar como Jesus amou, devemos ter um coração generoso que se estende para aqueles que são pobres, materialmente e espiritualmente. Amar os pobres. Seja feliz em vê-los em sua casa e quando visitá-los nas suas casas. Compartilhe seus bens com eles. Deus irá recompensá-lo não só no outro mundo, mas mesmo já neste.
     Nossos corações devem ser abrir primeiro ao reino de Deus. Não se importando com o tanto de riquezas que possuímos, lembremo-nos que somos apenas administradores das coisas da terra. Deus as confia aos nossos cuidados, mas os nossos corações devem estar desprendidos delas de tal forma que não nos preocupemos com elas.
     Quando cuidamos de nossos bens do modo como Deus quer, não perderemos a paz de espírito quando forem tirados ou quando perdemos. Se decidirmos responder aos infortúnios com a paz, mansidão e calma, vamos alimentar o fogo do amor sagrado que está crescendo em nós. Nós não queremos perder nada, mas se acontecer, vamos doar mesmo assim, algo que é nosso para os outros, quando os fatos difíceis nos causam dor. Devemos alegrar-nos em tais ocasiões, pois são oportunidades para colocarmos nossa confiança mais plenamente no amor e na bondade de Deus. Assim, em circunstâncias sobre as quais não temos controle, vamos aceitar com um bom coração, e colocar-nos em clima de paciência, coragem e alegria. Se vivemos dessa forma, seremos muito ricos, porque vamos ter o amor divino, que nos possibilita, como aos santos, doar-nos totalmente algo de nós mesmos para os necessitados.

(Adaptado dos escritos de São Francisco de Sales e Santa Joana de Chantal.) 

P.Michael S. Murray, OSFS  - Diretor do Centro de Espiritualidade de Sales.
Tradução e adaptação: P. Tarcizio Paulo Odelli - SDB

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Perspectivas Salesianas 10 - Faça cedo, frequente e constante... A prática da devoção (espiritualidade)
























     Somos chamados a viver uma vida devota (espiritual).
   Soa nobre? Verdade? Não parece algo impossível? Talvez porque não compreendemos o verdadeiro significado da devoção. (espiritualidade)
   "Verdadeiro, vivendo a devoção", diz São Francisco de Sales, "não é nada mais do que o amor de Deus." "Na medida em que o amor divino adorna a alma, é chamado de graça. Na medida em nos dá a força para fazer o que bom, ele é chamado de caridade. No medida em que não só nos faz fazer o que é bom, mas nos ajuda a fazê-lo diligente, com frequência e facilmente, é chamado de devoção".
   Em poucas palavras, a devoção é a hábito de fazer o bem aos olhos de Deus diligentemente, muitas vezes e com a maior paixão possível. Deve ser feita com simplicidade, sinceridade, e da melhor maneira que estiver ao nosso alcance.

Com a ajuda de Deus.

     Esta devoção não é para poucos. Isto é, para todos, para ser praticada corretamente no nosso próprio caminho, estado ou momento da vida em particular. São Francisco de Sales afirma: "Na criação, Deus criou plantas que deram seus frutos, cada um segundo a sua espécie. Da mesma forma, Deus manda todos os cristãos, que são plantas vivas da Igreja, que deem fruto da sua devoção, cada um segundo seu caráter e vocação."
     Justamente resulta muito valiosa a consideração do que devoção não deve ser. "Uma pessoa dedicada ao jejum pode pensar que é muito devoto jejuar, embora seu coração esteja cheio de rancor. Ele tem escrúpulos para molhar sua língua no vinho e até na água por sua sobriedade, mas nenhuma dificuldade em beber bastante sangue do outro por tirar-lhe mérito e o caluniar. Outra pessoa considera-se devota por recitar diariamente uma série de orações, embora imediatamente depois ela profira palavras desagradáveis, arrogantes e ofensivas em sua casa e entre seus vizinhos. Ainda outra dá esmolas de sua carteira aos pobres, mas não pode amansar seu coração para perdoar os seus inimigos. Pessoas como estas são geralmente consideradas como devotas, enquanto efetivamente não o são." A devoção não é apenas algo usado por outros, digno de admiração: "Muitas pessoas fazem que o mundo pense que eles são profundamente devotos por estarem envolvidos em ações externas que estão associados com a devoção. A autêntica devoção é o esforço para integrar o interior com o exterior. A legítima devoção é a luta para integrar o amor Deus com amor ao próximo." 
    A autêntica devoção, se você assim deseja, são os dois, "falando o falar e caminhando o caminhar."
   A legítima devoção é ser verdadeiro. Santa Joana escreve: "Faça com que sua devoção seja generoso, nobre, simples e sincera. Trate de fomentar o mesmo espírito naqueles com os quais tem contato, um espírito com base na profunda humildade resultante da sincera obediência; doçura caritativa, a mesma que suporta e perdoa tudo e uma simplicidade ingênua que nos faz calmos e amigáveis com todos."
    Agora, esta é a devoção que vale a pena praticar.

Para refletir:

1. O conceito da devoção salesiana é uma novidade para você?
2. Que aspecto da devoção salesiana é o mais atraente ou promissor para você?
3. Que aspecto da devoção salesiana é você mais controverso ou é um desafio?
4. Que aspectos da sua vida você pode melhorar, vivendo a espiritualidade salesiana?
5. Onde você experimenta maior dificuldade ou frustração para viver uma vida espiritual?
6. E de agora em diante, para onde você está caminhando?

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Reflexão Salesiana para o dia de Todos os Santos - 4 de novembro de 2012


Cúpula da Basílica de Maria Auxiliadora - Turim. 

Existe um caminho de felicidade diferente daquele que é proposto pelo mundo... Jesus propõe as bem-aventuranças. Somos chamados de bem-aventurados quando procuramos viver bem a nossa vida na fidelidade e no amor de Deus.  
Destaque: "Estes são os que vieram da grande tribulação ..."
Perspectiva Salesiana
     "Vamos juntar os nossos corações a estes espíritos celestes e estas almas benditas. Assim como os filhotes de rouxinóis aprendem a cantar com os grandes, nós aprenderemos também, por esta união, a honrar a Deus e a rezar condignamente". (Introdução à Vida Devota, Parte II, Capítulo 16).
     Estamos apoiados nos ombros de gigantes. Ao longo dos últimos dois mil anos inúmeros homens, mulheres e crianças de muitas idades, lugares e culturas passaram as suas vidas a serviço da Boa Nova de Jesus Cristo. Dentre estes tantos, um pequeno grupo de pessoas conseguiu a distinção de ser conhecido como "santos".
     Estas são pessoas reais que servem como exemplos. Estas são pessoas reais que nos inspiram. Estas são pessoas reais nas quais buscamos encorajamento e graça.
     Estes santos, estas pessoas reais, iam abrindo caminho através das provações que enfrentaram, a medida que viviam e proclamavam o Evangelho. O desafio para nós é seguir o seu exemplo de maneira que se encaixem com o estado e a condição de vida em que nos encontramos.
     No caso de você ainda não ter percebido, você também é chamado a viver uma vida santa, centrada em Deus, uma vida de doação, nos lugares onde vive, onde ama, onde trabalha e onde se diverte todos os dias. Francisco de Sales escreveu: "Observe o exemplo que os Santos nos dão em cada etapa de suas vidas. Não há nada que não tenham feito por amor de Deus e para ser dedicados seguidores de Deus... Por que então não deveríamos fazer o mesmo, de acordo com a nossa posição e vocação na vida, para manter essa resolução preciosa e as declarações que fizemos?" (Introdução à Vida Devota, Parte V, Capítulo 12).
     O que significa ser santo? Surpreendentemente, é algo muito mais prático e que está mais em nossas mãos do que supomos. Francisco de Sales observou que: "Devemos amar tudo o que Deus ama, e Deus ama a nossa vocação, portanto, devemos também amar a nossa vocação e não devemos desperdiçar nossa energia desejando ter uma vida diferente. Ao contrário, devemos continuar nosso trabalho. Sejam como Marta e também como Maria, e sintam a alegria de ser como elas... de cumprir integralmente a tarefa que foram chamados a desempenhar... "(Stopp, Cartas Seletas, página 61)
     Aos olhos de São Francisco de Sales a santidade se mede por meio da nossa vontade e capacidade de aceitar o estado e condição de vida em que nos encontramos. Os santos são pessoas que acolheram suas vidas como vieram, desde o mais profundo do seu ser, e sem perder tempo desejando e esperando por uma chance de viver a vida de outra pessoa. A santidade é marcada por nossa disposição de honrar a vontade de Deus como foi-nos mostrado durante os altos e baixos de nossas vidas diárias.
     Já descobristes como Deus te chamou para ser santo nos dias de hoje? Como podes abrir caminhos de amor no meio de tantas provações nos dias de hoje?
P. Michael S. Murray, OSFS - Diretor do Centro de Espiritualidade de Sales.
Tradução e adaptação - P. Tarcizio Paulo Odelli - SDB