Destaque: "Jesus andou por
toda parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo
demônio, porque Deus estava com ele."
Perspectiva Salesiana
"Deus é
tão bom que nunca deixa de trabalhar em nossos corações para que nos afastemos de
nós mesmos, das coisas vãs e perecíveis em nossas vidas, para que possamos receber
sua graça e nos entregarmos completamente a Ele." (Santa Joana de
Chantal)
Celebramos hoje
a festa do Batismo de Jesus. O Batismo de Jesus marca a inauguração da sua
vida pública. Isaías na primeira leitura mostra o projeto do ministério de
Jesus. Ele escreveu: "pus o meu Espírito sobre ele, ele promoverá o
julgamento das nações. Eu te formei... para abrires os olhos dos cegos,
tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere os que vivem nas trevas."
Com base no que
foi coletado nas escrituras sobre a vida de Jesus, sabemos que ele conheceu o
projeto que Isaías escreveu. Ele veio para aqueles que tinham sido
marginalizados, curou os que estavam doentes, tocou nas vidas daqueles que acreditavam
que eram "intocáveis", desafiou os líderes religiosos a "cumprir
o que pregavam," e estava constantemente viajando e fazendo
caridade. Ainda assim, apesar de todo o bem que ele fez para os outros,
Jesus foi crucificado. Como diz o Evangelho de hoje, Ele foi
o "Filho amado, em quem o Pai colocou o seu agrado."
Ao celebrar a
festa do Batismo de Jesus, também estamos celebrando nosso próprio batismo. Assim
como o batismo de Cristo foi a inauguração da sua vida pública, o nosso batismo
é a inauguração de nossa vida como cristãos. Cristo nos deu um exemplo de
sua vida para nos ensinar como devem viver os que são batizados. Santa Joana
nos diz: "Deus não cessa de trabalhar em nossos corações para que nos afastemos
de nós mesmos, das coisas vãs e perecíveis em nossas vidas, para que possamos
receber sua graça e nos entregarmos completamente a Ele." A Leitura Atos
nos diz que "Jesus passou fazendo o bem e curando a todos os
oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com ele."
Para viver
nossas vidas como seguidores de Cristo, também nós deveríamos "sair de nós
mesmos" e ir para "fazer o bem" e levar a presença curadora e a
paz de Cristo àqueles a quem o Senhor coloca em nossos caminhos. Como
Cristo, também nós devemos visitar os doentes e nos aproximar daqueles que
foram marginalizados em nossas comunidades e em nossas famílias. Deveríamos
falar com aqueles contra quem temos sentimentos negativos ou que lembram situações
dolorosas: todos aqueles que consideramos "intocáveis", todas as
pessoas em nossas casas, em nossos bairros ou no trabalho aqueles que evitamos,
ignoramos ou, inclusive, que detestamos.
Precisamos ser
pessoas que ajam de acordo com o que professamos. Pessoas que ajam como
seguidoras de Cristo, e isso requer força e coragem. Da mesma forma que o
Pai estava sempre com o Filho durante a sua vida, também temos a presença de
Cristo em nossas mentes e em nossos corações, e isso nos dá a força e a coragem
que precisamos para sermos autênticos seguidores.
Então, vamos
sair de nossos pequenos mundos, para que possamos ver todo o bem que podemos
fazer e como, apoiados pela força do Senhor que vive dentro de nós, podemos ser
agentes da presença saneadora Cristo para aqueles que nos rodeiam.
Reverendo William
J. Metzger, OSFS, é pároco da paróquia de Nossa Senhora do Bom Conselho
(Nossa Senhora do Bom Conselho) em Viena, Virginia.
Tradução e adaptação: P. Tarcizio Paulo Odelli - SDB
Dos escritos de São Francisco de
Sales
Hoje nós
celebramos o Batismo de Jesus. Este evento marca o início do seu ministério. São
Francisco de Sales nos diz que Deus também nos chamou para servir, apesar dos
defeitos presentes em nossa natureza:
Nosso Salvador
tem maneiras incompreensíveis, porém, por sua vez, diversas e encantadoras de
chamar-nos a servi-lo. Quando possuímos uma determinação firme e inabalável de
querer servir a Deus, na forma e no lugar em que Ele nos chama para fazer,
então estamos demonstrando que a nossa vocação é verdadeira.
Mesmo quando
somos fortes e perseverantes em nosso serviço a Deus, podemos cometer faltas.
Pode acontecer que cheguemos a duvidar da nossa determinação em fazer uso dos
meios que nos foram dados para servir a Deus. Estamos à mercê dos nossos
sentimentos e emoções, e, portanto, estamos sujeitos a mudanças e altos e
baixos. Não devemos nos preocupar se às vezes experimentamos sentimentos
de desgosto ou desânimo ao responder ao nosso chamado para servir a
Deus. É normal sentir essas emoções. Mesmo que não sejamos extremamente
virtuosos, continuamos sendo aptos para servir a Deus. Mas devemos permanecer
firmes frente as nossas mudanças de humor. Há certas virtudes que só podem
ser implementadas no meio das dificuldades. É a nossa vontade, e não as
nossas emoções e sentimentos, que atesta o quão forte e firme é o nosso
compromisso de amar como Deus quer que o amemos. É a luta da vontade de
perseverar que determina o nosso compromisso em servir a Deus.
O bom músico
tem o hábito de verificar as cordas do seu instrumento com frequência para ter
certeza se elas precisam ser ajustadas. Isto com a finalidade de garantir que,
no momento de reproduzir uma melodia esta seja perfeitamente harmônica. Assim
nós devemos, igualmente, rever e considerar todos os afetos da nossa alma, para
ver se eles estão de acordo com os desejos e as ordens de nosso
Salvador. Fortaleçamos nosso fervor reafirmando muitas vezes o nosso
compromisso de sermos filhos de Deus, que foram chamados a amar de modo divino. Vivam
com coragem, mantendo sua fé ancorada na inclinação original dos seus corações
para servir a Deus. Desta forma serão felizes.
(Adaptado a partir dos escritos
de São Francisco de Sales)
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