sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Reflexão Salesiana para o dia do BATISMO DO SENHOR 12 de janeiro de 2014

Destaque: "Jesus andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio, porque Deus estava com ele."

Perspectiva Salesiana

"Deus é tão bom que nunca deixa de trabalhar em nossos corações para que nos afastemos de nós mesmos, das coisas vãs e perecíveis em nossas vidas, para que possamos receber sua graça e nos entregarmos completamente a Ele." (Santa Joana de Chantal) 
Celebramos hoje a festa do Batismo de Jesus. O Batismo de Jesus marca a inauguração da sua vida pública. Isaías na primeira leitura mostra o projeto do ministério de Jesus. Ele escreveu: "pus o meu Espírito sobre ele, ele promoverá o julgamento das nações. Eu te formei... para abrires os olhos dos cegos, tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere os que vivem nas trevas."
Com base no que foi coletado nas escrituras sobre a vida de Jesus, sabemos que ele conheceu o projeto que Isaías escreveu. Ele veio para aqueles que tinham sido marginalizados, curou os que estavam doentes, tocou nas vidas daqueles que acreditavam que eram "intocáveis", desafiou os líderes religiosos a "cumprir o que pregavam," e estava constantemente viajando e fazendo caridade. Ainda assim, apesar de todo o bem que ele fez para os outros, Jesus foi crucificado. Como diz o Evangelho de hoje, Ele foi o "Filho amado, em quem o Pai colocou o seu agrado."
Ao celebrar a festa do Batismo de Jesus, também estamos celebrando nosso próprio batismo. Assim como o batismo de Cristo foi a inauguração da sua vida pública, o nosso batismo é a inauguração de nossa vida como cristãos. Cristo nos deu um exemplo de sua vida para nos ensinar como devem viver os que são batizados. Santa Joana nos diz: "Deus não cessa de trabalhar em nossos corações para que nos afastemos de nós mesmos, das coisas vãs e perecíveis em nossas vidas, para que possamos receber sua graça e nos entregarmos completamente a Ele." A Leitura Atos nos diz que "Jesus passou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com ele." 
Para viver nossas vidas como seguidores de Cristo, também nós deveríamos "sair de nós mesmos" e ir para "fazer o bem" e levar a presença curadora e a paz de Cristo àqueles a quem o Senhor coloca em nossos caminhos. Como Cristo, também nós devemos visitar os doentes e nos aproximar daqueles que foram marginalizados em nossas comunidades e em nossas famílias. Deveríamos falar com aqueles contra quem temos sentimentos negativos ou que lembram situações dolorosas: todos aqueles que consideramos "intocáveis", todas as pessoas em nossas casas, em nossos bairros ou no trabalho aqueles que evitamos, ignoramos ou, inclusive, que detestamos.
Precisamos ser pessoas que ajam de acordo com o que professamos. Pessoas que ajam como seguidoras de Cristo, e isso requer força e coragem. Da mesma forma que o Pai estava sempre com o Filho durante a sua vida, também temos a presença de Cristo em nossas mentes e em nossos corações, e isso nos dá a força e a coragem que precisamos para sermos autênticos seguidores. 
Então, vamos sair de nossos pequenos mundos, para que possamos ver todo o bem que podemos fazer e como, apoiados pela força do Senhor que vive dentro de nós, podemos ser agentes da presença saneadora Cristo para aqueles que nos rodeiam. 

Reverendo William J. Metzger, OSFS, é pároco da paróquia de Nossa Senhora do Bom Conselho (Nossa Senhora do Bom Conselho) em Viena, Virginia. 
Tradução e adaptação: P. Tarcizio Paulo Odelli - SDB

Dos escritos de São Francisco de Sales

Hoje nós celebramos o Batismo de Jesus. Este evento marca o início do seu ministério. São Francisco de Sales nos diz que Deus também nos chamou para servir, apesar dos defeitos presentes em nossa natureza: 
Nosso Salvador tem maneiras incompreensíveis, porém, por sua vez, diversas e encantadoras de chamar-nos a servi-lo. Quando possuímos uma determinação firme e inabalável de querer servir a Deus, na forma e no lugar em que Ele nos chama para fazer, então estamos demonstrando que a nossa vocação é verdadeira.
Mesmo quando somos fortes e perseverantes em nosso serviço a Deus, podemos cometer faltas. Pode acontecer que cheguemos a duvidar da nossa determinação em fazer uso dos meios que nos foram dados para servir a Deus. Estamos à mercê dos nossos sentimentos e emoções, e, portanto, estamos sujeitos a mudanças e altos e baixos. Não devemos nos preocupar se às vezes experimentamos sentimentos de desgosto ou desânimo ao responder ao nosso chamado para servir a Deus. É normal sentir essas emoções. Mesmo que não sejamos extremamente virtuosos, continuamos sendo aptos para servir a Deus. Mas devemos permanecer firmes frente as nossas mudanças de humor. Há certas virtudes que só podem ser implementadas no meio das dificuldades. É a nossa vontade, e não as nossas emoções e sentimentos, que atesta o quão forte e firme é o nosso compromisso de amar como Deus quer que o amemos. É a luta da vontade de perseverar que determina o nosso compromisso em servir a Deus. 
O bom músico tem o hábito de verificar as cordas do seu instrumento com frequência para ter certeza se elas precisam ser ajustadas. Isto com a finalidade de garantir que, no momento de reproduzir uma melodia esta seja perfeitamente harmônica. Assim nós devemos, igualmente, rever e considerar todos os afetos da nossa alma, para ver se eles estão de acordo com os desejos e as ordens de nosso Salvador. Fortaleçamos nosso fervor reafirmando muitas vezes o nosso compromisso de sermos filhos de Deus, que foram chamados a amar de modo divino. Vivam com coragem, mantendo sua fé ancorada na inclinação original dos seus corações para servir a Deus. Desta forma serão felizes.

(Adaptado a partir dos escritos de São Francisco de Sales) 

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