sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Reflexão Salesiana para o Terceiro Domingo do Advento - 16 de dezembro de 2012

                                                                 Giovanni Battista Tiepolo

Destaque: "O que devemos fazer?"

Perspectiva Salesiana

A multidão pediu a João Batista: "O que devemos fazer?" É uma pergunta simples, é uma pergunta desafiadora. É uma pergunta que potencialmente pode mudar nossas vidas.
Você e eu vivemos num mundo em que a vinda de Cristo já aconteceu. No entanto, este mundo em que vivemos é também o lugar onde todas estas possibilidades ainda deevem ser cumpridas.
Que devemos fazer?  Deveríamos tentar fazer isso usando apenas o poder da vontade humana? Devemos sacudir os ombros e esperar que as coisas saiam bem?
A resposta para nós é a pergunta que João disse para a multidão há milhares de anos: "Sejam generosos; sejam justos no seu trabalho; não exija dos outros mais do que se deve ou pode; Resumindo: ao seguir a vontade de Deus, ao seguir o exemplo de Jesus, ao cooperar com as advertências do Espírito, não estamos fazendo nada a mais, nada de extraordinário! Não se trata de ser alguém diferente de quem somos. Trata-se de tentar fazer mais pela vida que vivemos e fazer mais com o que nós somos, para estarmos do lado da vida, da justiça e da paz com os outros.
Francisco de Sales acreditava nisso com firmeza. Ele nos adverte que devemos ser cautelosos e não nos apressarmos em concluir que seguir Jesus, caminhar com Jesus e ser Jesus na vida dos outros exija que façamos coisas extraordinárias. Francisco diz claramente: "Seja quem você é e seja com perfeição." Queremos um mundo que viva a paz, a esperança, a reconciliação, a justiça e justiça do Reino de Deus mais perfeitamente. Queremos um mundo que mais claramente incorpore o cumprimento da promessa que nos foi dada em Jesus. Queremos ocasionalmente desfrutar da festa que nos espera no céu para sempre.
Que devemos fazer? Vamos ser generosos. Façamos nosso trabalho e vivamos nossa vida com retidão. Não tiremos nada dos outros, nem esperemos mais do que deveriam - ou não poderiam dar. Seja quem você é. E isso será muito bom. Seja quem, o que, porque e como Deus te criou, redimiu e inspirou a ser: realizado e feliz para o mundo, consigo mesmo e para com os outros.

P. Michael S. Murray, OSFS - Diretor do Centro de Espiritualidade de Sales.

Dos escritos de São Francisco de Sales

Na leitura do Evangelho de hoje continuamos a ouvir as palavras de João Batista, que nos impele para a conversão. Ele nos diz que devemos compartilhar nossa riqueza, que devemos dar sentido as nossas atividades diárias e que devemos saber com certeza quem somos e quem é o  nosso Messias. São Francisco de Sales diz:
João Batista ama demais a verdade para deixar-se levar pela ambição. Ele vai avisando a todos aqueles que vinham vê-lo que ele não era o Messias. Ele nos diz que devemos examinar nossas ações e, neste processo, mudar aquelas que não contêm boas intenções e aperfeiçoar aquelas que têm.
João Batista foi uma pedra firme. Ele era um homem com inabalável estabilidade no meio das novas circunstâncias. Ele teve a coragem de admitir quem ele era. Aquele que não se conhece a si mesmo de verdade, nunca fica chateado quando é não valorizado e tratado pelo que é. Quando Deus nos dá luz para que possamos conhecer-nos a nós mesmos como realmente somos, este é um sinal de um grande processo de conversão interior.
Ser cristão é o título mais belo que podemos dar aos outros. Ainda assim, não é suficiente que sejamos chamados de cristãos. Devemos viver de tal modo que se possa reconhecer claramente em cada um de nós uma pessoa que ama a Deus com todo o coração. Alguém que cumpre os mandamentos e que frequenta os sacramentos, alguém que faz coisas que são dignas de um verdadeiro cristão.
Quando sabemos que somos amados, nos sentimos obrigados a corresponder a este amor. O mesmo acontece quando vivemos a nossa vida em Cristo. O amor sagrado de Cristo nos pressiona de forma especial para que possamos partilhar nossa abundância com os outros. A compaixão faz com que partilhemos os sofrimentos, as dores e as tristezas com aqueles que amamos. Mães e pais sofrem com as aflições de seus filhos. Quanto mais aumentar o nosso amor por alguém, mais profunda é a nossa preocupação pelo seu bem-estar. O acompanhamos em seus sentimentos, seja na alegria ou na tristeza. Nosso objetivo é agir com uma única intenção: ajustar-nos a verdadeira imagem de Deus em nós. Jesus veio ao mundo para nos mostrar o nosso verdadeiro eu em Deus.
(Adaptado dos escritos de São Francisco de Sales) 

Tradução e adaptação: P. Tarcizio Paulo Odelli - SDB

Nenhum comentário:

Postar um comentário