São Francisco de Sales dizia que tinha que ser sumamente fiel na prática das pequenas virtudes e não
descuidar nada. Que vale mais ser grande na presença de Deus praticando-as, do
que pequeno em sua presença com virtudes que parecem grandes aos olhos do mundo.
sábado, 28 de janeiro de 2012
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Reflexão Salesiana para o 4º domingo do tempo comum – 29 de janeiro de 2012
Nas leituras de hoje São Paulo no
diz que devemos “livrar-nos da ansiedade”. São Francisco nos dá alguns
conselhos sobre como administrar a ansiedade:
Existe uma grande tentação de declarar-nos
insatisfeitos com o mundo e nos afligirmos por isso, mesmo que necessariamente tenhamos
que estar aqui. Então imaginamos que nos sentiríamos melhor se estivéssemos em
outro barco. Pode ser que isso seja certo, mas somente acontecerá se nos
decidirmos mudar.
Uma das fontes de nossa ansiedade
é nosso egocentrismo. Porque nossas imperfeições nos surpreendem? Não desejamos
nada mais do que consolo. Nos momentos em que experimentamos nossa própria
miséria e fraqueza, devemos fazer três coisas e então teremos paz. Devemos ter
uma intenção pura para encontrar a honra e a glória de Deus em todas as coisas.
Devemos fazer tudo que esteja ao nossa alcance para conseguir este objetivo e
devemos deixar o resto nas mãos de Deus para que Ele se encarregue de tudo.
Os pequenos momentos da ansiedade
e da tristeza que são o resultado das múltiplas responsabilidades que temos nos
dão a oportunidade de colocar em prática as melhores e mais queridas virtudes
que Jesus nos recomendou: a gentileza e a confiança em Deus. A verdadeira
virtude não se origina na inatividade exterior, do mesmo modo em que os peixes
saudáveis não crescem nas águas estagnadas dos pântanos.
Devemos manter vivo em nossos
corações a paciência e a coragem para que nos protejam destes ataques
inesperados da ansiedade que fazem com que nos enchamos de ressentimento e que
provocam uma raiva súbita se alguém chega a nos incomodar de algum modo. Quando
cambalearmos e quando cairmos não devemos nos sentir envergonhados por estarmos
um pouco sujos e cheios de pó. É melhor estarmos cobertos de pó do que de
chagas. Se nos entregarmos aos cuidados de Deus e deixarmos que o toque
celestial de Seu amor nos cure, tudo estará bem.
(Adaptação dos escritos de São
Francisco de Sales)
Destaque: “Gostaria que
estivesses livre de toda preocupação”.
Perspectiva Salesiana
Onde nos incluímos?
Podemos apreciar a oração de São
Paulo deste domingo que diz que deveríamos ser “livres de toda preocupação”. Todos
nós gostaríamos de estar livres de todas as preocupações. A verdade é que nós
todos nos preocupamos. Existem coisas, situações e relações que nos preocupam
cada dia. Em alguns casos devemos preocupar-nos se não nos preocupamos.
A preocupação faz parte da vida.
A preocupação nos desafia a responder a algo em nossas vidas que necessitam
atenção, a responder a algo que necessita tratamento, a responder a algo que
deve ser examinado, e que deve ser, quanto seja possível, remediado ou quando menos
melhorado de alguma forma. Sabemos por experiência que muitas das coisas que
queremos dependem também das ações dos outros... incluindo Deus.
O problema é que a preocupação
pode se converter em ansiedade. Enquanto a preocupação está focada em coisas
específicas, inquietudes, pessoas ou eventos, a ansiedade é uma emoção que
flutua livremente e que pode paralisar nossa habilidade para lidar com os
desafios da vida. “A ansiedade é o maior mal que pode acontecer a uma alma,
além do pecado”, escreveu São Francisco de Sales. “A ansiedade se origina de um
desejo excessivo de ser libertado do mal que experimentamos ou de adquirir o
bem que esperamos. Mesmo assim não existe nada que agrave mais o mal ou que impeça
mais o bem do que a ansiedade”.
Francisco de Sales sugere que nós
devemos monitorar nosso nível de ansiedade: “Considera se teu coração está sob
teu controle, ou se escapou de tuas mãos para enredar-se de modo excessivo com
um amor, com um ódio, com inveja, avareza, medo ou temor de sentir alegria. Se
te escapou, traga-o suavemente de volta diante da presença de Deus”.
A prevenção é a melhor cura. “Quando
experimentas o início da ansiedade encomenda-te a Deus. Tens que tomar a
decisão de não fazer nada daquilo que teu desejo te urge a fazer até que a
ansiedade tenha passado completamente. A menos que seja algo que não pode ser feito
depois. Neste caso deves frear e controlar o curso do teu desejo de modo gentil
e pacífico. Antes de tudo atue de modo racional, não emocional”.
Que Deus te guarde da ansiedade.
Que todos nos centremos no coração de um Deus amoroso à medida que enfrentamos
os altos e baixos e cada momento de nossos dias. Que Deus nos ajude a prevenir
que os momentos de preocupação se convertam em nosso modo de viver.
P. Michael S. Murray, OSFS –
Diretor do Centro Espiritual de Sales.
Tradução: P. Tarcizio Paulo
Odelli - sdb
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
24 de janeiro - festa de São Francisco de Sales
24/1/2012 - RMG - São Francisco de Sales, modelo do humanismo de Dom Bosco e de cada salesiano
Também o Papa publica a carta para o dia mundial das Comunicações do ano:
24/1/2012 - Vaticano - Silêncio e Palavra: caminho de evangelização
(ANS – Roma) – Na festa litúrgica de São Francisco de Sales, o Reitor-Mor dos Salesianos presidiu a Concelebração Eucarística na igreja da Casa Geral, recordando a figura e o valor do “douto humanista, grande diretor espiritual e generoso pastor” que inspirou Dom Bosco e o seu humanismo. Uma meditação sobre a fonte do carisma salesiano.
A homilia feita esta manhã pelo P. Chávez foi uma interessante reflexão sobre a figura do grande santo, pastor e doutor da Igreja, escolhido por Dom Bosco como patrono da Congregação Salesiana propondo-o como “modelo de zelo pastoral, de amorável bondade, de confiante humanismo e de santa industriosidade”.
Apesar da diversidade do contexto histórico e cultural, São Francisco de Sales “foi e continua sendo um mestre seguro de vida espiritual, rico da sabedoria que vem do alto, fazendo-se tudo para todos na caridade pastoral, empenhando-se por «restaurar a unidade dos fiéis no vínculo da caridade e da paz»”. Para os salesianos, “a sua celebração é um convite a trabalhar ‘em todas as circunstâncias da vida’ à luz dessa caridade benigna, paciente e operosa, de modo a permear de espírito cristão as várias estruturas eclesiais, sociais, políticas, econômicas e culturais, para torná-las mais humanas”.
Tracejando-lhe brevemente o perfil biográfico, o Reitor-Mor evidenciou a grande determinação com que, uma vez descoberta, perseguiu a própria vocação, e o seu grande zelo pastoral. “Através de multíplices atividades dedicou-se a educar o povo cristão e a lhe mostrar que um se pode santificar em qualquer estado de vida; e isso dava início a uma nova espiritualidade”. Apesar da sua incansável atividade, o bispo de Genebra achava tempo para levar à frente uma bem volumosa correspondência e para escrever as suas obras-mestras de direção espiritual: “Introdução à vida devota”, “Tratado do amor de Deus”, “Conferências espirituais”.
Para os salesianos – recordou o P. Chávez – São Francisco de Sales se apresenta como o modelo em que se inspirar por sua gentileza, bondade e mansidão para com todas as pessoas indistintamente. Citando o artigo 17 das Constituições salesianas, o Reitor-Mor relembrou que o salesiano “acredita nos recursos naturais e sobrenaturais do homem, embora não lhe ignore a fraqueza. Acolhe os valores do mundo e evita lamentar-se do tempo em que vive: conserva tudo o que bom, especialmente quando agrada aos jovens. Já que anuncia a Boa Nova, está sempre alegre. Difunde essa alegria e sabe educar à felicidade da vida cristã e ao sentido de festa: «Sirvamos ao Senhor em santa alegria»”.
A figura de S. Francisco de Sales se há de redescobrir e valorizar, sobretudo neste primeiro ano do triênio de preparação ao bicentenário de nascimento de Dom Bosco; “peçamos pois a Deus a graça de redescobrir e fazer nossas as grandes virtudes de São Francisco de Sales, essas que levaram o nosso Pai a escolhê-lo como seu e nosso modelo”.
O texto integral da homilia, disponível só em italiano, pode ser visto em < sdb.org >.
Publicado em 24/01/2012
A homilia feita esta manhã pelo P. Chávez foi uma interessante reflexão sobre a figura do grande santo, pastor e doutor da Igreja, escolhido por Dom Bosco como patrono da Congregação Salesiana propondo-o como “modelo de zelo pastoral, de amorável bondade, de confiante humanismo e de santa industriosidade”.
Apesar da diversidade do contexto histórico e cultural, São Francisco de Sales “foi e continua sendo um mestre seguro de vida espiritual, rico da sabedoria que vem do alto, fazendo-se tudo para todos na caridade pastoral, empenhando-se por «restaurar a unidade dos fiéis no vínculo da caridade e da paz»”. Para os salesianos, “a sua celebração é um convite a trabalhar ‘em todas as circunstâncias da vida’ à luz dessa caridade benigna, paciente e operosa, de modo a permear de espírito cristão as várias estruturas eclesiais, sociais, políticas, econômicas e culturais, para torná-las mais humanas”.
Tracejando-lhe brevemente o perfil biográfico, o Reitor-Mor evidenciou a grande determinação com que, uma vez descoberta, perseguiu a própria vocação, e o seu grande zelo pastoral. “Através de multíplices atividades dedicou-se a educar o povo cristão e a lhe mostrar que um se pode santificar em qualquer estado de vida; e isso dava início a uma nova espiritualidade”. Apesar da sua incansável atividade, o bispo de Genebra achava tempo para levar à frente uma bem volumosa correspondência e para escrever as suas obras-mestras de direção espiritual: “Introdução à vida devota”, “Tratado do amor de Deus”, “Conferências espirituais”.
Para os salesianos – recordou o P. Chávez – São Francisco de Sales se apresenta como o modelo em que se inspirar por sua gentileza, bondade e mansidão para com todas as pessoas indistintamente. Citando o artigo 17 das Constituições salesianas, o Reitor-Mor relembrou que o salesiano “acredita nos recursos naturais e sobrenaturais do homem, embora não lhe ignore a fraqueza. Acolhe os valores do mundo e evita lamentar-se do tempo em que vive: conserva tudo o que bom, especialmente quando agrada aos jovens. Já que anuncia a Boa Nova, está sempre alegre. Difunde essa alegria e sabe educar à felicidade da vida cristã e ao sentido de festa: «Sirvamos ao Senhor em santa alegria»”.
A figura de S. Francisco de Sales se há de redescobrir e valorizar, sobretudo neste primeiro ano do triênio de preparação ao bicentenário de nascimento de Dom Bosco; “peçamos pois a Deus a graça de redescobrir e fazer nossas as grandes virtudes de São Francisco de Sales, essas que levaram o nosso Pai a escolhê-lo como seu e nosso modelo”.
O texto integral da homilia, disponível só em italiano, pode ser visto em < sdb.org >.
Publicado em 24/01/2012
Também o Papa publica a carta para o dia mundial das Comunicações do ano:
24/1/2012 - Vaticano - Silêncio e Palavra: caminho de evangelização
(ANS – Cidade do Vaticano) – A centralidade da pessoa humana nos processos de comunicação e o equilíbrio necessário entre palavra e silêncio – estes os temas lembrados pelo Santo Padre na Mensagem para o 46º Dia Mundial das Comunicações Sociais (DMCS), publicada hoje, 24 de janeiro, festa litúrgica de S. Francisco de Sales, Patrono dos Jornalistas. Apresentou-o em entrevista coletiva de Imprensa Dom Claudio Maria Celli, Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais; Dom Paul Tighe, Secretário do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais; Dom Giuseppe Antonio Scotti, Secretário associado do mesmo Pontifício Conselho; e o Dr. Angelo Scelzo, Sub-secretário do mesmo Pontifício Conselho.
Todos os anos em sua Mensagem para o DMCS o Papa procura analisar a cultura da comunicação para apresentar sugestões ao homem de hoje e para orientar a ação pastoral da Igreja. Nos últimos anos Bento XVI concedeu muita atenção aos processos e às dinâmicas da comunicação, especialmente no contexto da transformação cultural nascida do desenvolvimento tecnológico. Na mensagem deste ano o Santo Padre dirige a atenção a um elemento “clássico” da comunicação: o binômio silêncio-palavra. Embora clássico, torna-se este aspecto cada vez mais importante no contexto da cultura digital.
Depois de aprofundar nos últimos três anos as dimensões e as potencialidades das novas tecnologias e do mundo digital, neste ano Bento XVI ascende a um nível ainda mais interno à comunicação, lembrando a necessidade de integrar Silêncio e Palavra “para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas”.
O silêncio e a palavra são “dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si”. A fase da expressão, da manifestação de si, não pode continuar o único atributo existente, porque só no momento do silêncio a pessoa consegue pôr-se à escuta do outro e dar acesso a uma relação humana plena.
No coração do homem, recorda o Papa, está ínsita uma inquietude contínua, uma pesquisa que se exprime através de perguntas de sentido: “O homem não se pode contentar com uma simples e tolerante troca de céticas opiniões e experiências de vida: todos somos perscrutadores da verdade”. Hoje, através das redes sociais e as novas tecnologias se favorece uma contínua troca e confronto entre os indivíduos; mas o risco para o homem moderno é o de ser “bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidades que não sente”. Por isso “o silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos”, exatamente para reconhecer e focalizar quais as perguntas realmente importantes” e “ajudar as pessoas a encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas”, isto é: Deus.
É por isso necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de «ecossistema» capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagens e sons”. Neste sentido o Papa não está alheio sequer às oportunidades mais recentes oferecidas pelas tecnologias digitais, quando parece fazer uma clara referência à rede social de Twitter: “Na sua essencialidade, breves mensagens – muitas vezes limitadas a um só versículo bíblico – podem exprimir pensamentos profundos, se cada qual não descuidar o cultivo da sua própria interioridade”. Talvez também uma referência ao uso que dele fazem já vários bispos e teólogos para estimular a reflexão pública.
O último trecho da mensagem se dedica à educação à comunicação, empenho a que são chamados os agentes da comunicação: “Educar-se em comunicação quer dizer aprender a escutar, a contemplar; e isto é particularmente importante paras os agentes da evangelização: silêncio e palavra são ambos elementos essenciais e integrantes da ação comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo”.
Dom Celli fez notar como esta mensagem se ponha entre dois Sínodos, aquele sobre a Palavra, celebrado de 5 a 26 de outubro de 2008, e o sobre a evangelização, programado para 7 a 28 de outubro de 2012. O texto de Bento XVI, além disso, se abre a toda a realidade humana imersa no caótico fragor da comunicação contemporânea.
O Dia Mundial das Comunicações Sociais é a única celebração mundial desejada pelo Concílio Vaticano II (Inter Mirifica, 1963) e é celebrado em quase todos os Países, por decisão dos Bispos do mundo, no Domingo que precede o Pentecostes. O anúncio do tema se dá em 29 de setembro, festa dos Arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel, designado patrono de quantos trabalham na rádio. A Mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial se publica no dia 24 de janeiro, dia dedicado à memória de S. Francisco de Sales, Patrono dos Jornalistas.
Publicado em 24/01/2012
Todos os anos em sua Mensagem para o DMCS o Papa procura analisar a cultura da comunicação para apresentar sugestões ao homem de hoje e para orientar a ação pastoral da Igreja. Nos últimos anos Bento XVI concedeu muita atenção aos processos e às dinâmicas da comunicação, especialmente no contexto da transformação cultural nascida do desenvolvimento tecnológico. Na mensagem deste ano o Santo Padre dirige a atenção a um elemento “clássico” da comunicação: o binômio silêncio-palavra. Embora clássico, torna-se este aspecto cada vez mais importante no contexto da cultura digital.
Depois de aprofundar nos últimos três anos as dimensões e as potencialidades das novas tecnologias e do mundo digital, neste ano Bento XVI ascende a um nível ainda mais interno à comunicação, lembrando a necessidade de integrar Silêncio e Palavra “para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas”.
O silêncio e a palavra são “dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si”. A fase da expressão, da manifestação de si, não pode continuar o único atributo existente, porque só no momento do silêncio a pessoa consegue pôr-se à escuta do outro e dar acesso a uma relação humana plena.
No coração do homem, recorda o Papa, está ínsita uma inquietude contínua, uma pesquisa que se exprime através de perguntas de sentido: “O homem não se pode contentar com uma simples e tolerante troca de céticas opiniões e experiências de vida: todos somos perscrutadores da verdade”. Hoje, através das redes sociais e as novas tecnologias se favorece uma contínua troca e confronto entre os indivíduos; mas o risco para o homem moderno é o de ser “bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidades que não sente”. Por isso “o silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos”, exatamente para reconhecer e focalizar quais as perguntas realmente importantes” e “ajudar as pessoas a encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas”, isto é: Deus.
É por isso necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de «ecossistema» capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagens e sons”. Neste sentido o Papa não está alheio sequer às oportunidades mais recentes oferecidas pelas tecnologias digitais, quando parece fazer uma clara referência à rede social de Twitter: “Na sua essencialidade, breves mensagens – muitas vezes limitadas a um só versículo bíblico – podem exprimir pensamentos profundos, se cada qual não descuidar o cultivo da sua própria interioridade”. Talvez também uma referência ao uso que dele fazem já vários bispos e teólogos para estimular a reflexão pública.
O último trecho da mensagem se dedica à educação à comunicação, empenho a que são chamados os agentes da comunicação: “Educar-se em comunicação quer dizer aprender a escutar, a contemplar; e isto é particularmente importante paras os agentes da evangelização: silêncio e palavra são ambos elementos essenciais e integrantes da ação comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo”.
Dom Celli fez notar como esta mensagem se ponha entre dois Sínodos, aquele sobre a Palavra, celebrado de 5 a 26 de outubro de 2008, e o sobre a evangelização, programado para 7 a 28 de outubro de 2012. O texto de Bento XVI, além disso, se abre a toda a realidade humana imersa no caótico fragor da comunicação contemporânea.
O Dia Mundial das Comunicações Sociais é a única celebração mundial desejada pelo Concílio Vaticano II (Inter Mirifica, 1963) e é celebrado em quase todos os Países, por decisão dos Bispos do mundo, no Domingo que precede o Pentecostes. O anúncio do tema se dá em 29 de setembro, festa dos Arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel, designado patrono de quantos trabalham na rádio. A Mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial se publica no dia 24 de janeiro, dia dedicado à memória de S. Francisco de Sales, Patrono dos Jornalistas.
Publicado em 24/01/2012
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Reflexão Salesiana para o 3º domingo do tempo comum – 22 de janeiro de 2012
No Evangelho de hoje escutamos Jesus anunciar que
“o Reino de Deus está próximo”, ao mesmo tempo em que convida várias pessoas
para segui-lo. São Francisco de Sales faz a seguinte observação a este
respeito:
Deus usa vários modos para chamar homens e mulheres
a seu serviço. Para converter as pessoas Ele faz uso da pregação acima de todos
os outros modos. Através do ministério da pregação Deus tocou o coração de
muitas pessoas, e os chamou a seguir vocações especiais. A pregação é como uma
semente divina que os pregadores, através de suas palavras, semeiam na terra
fértil de nossos corações.
Deus entra em contato com outras pessoas quando
estão lendo um bom livro. Ele se acerca a outros tantos enquanto escutam alguém
ler as sagradas palavras do Evangelho. Existem pessoas que se sentem
perturbadas pelos infortúnios, problemas e sofrimentos de que foram vitimas no
mundo. No entanto, mesmo sendo todo poderoso e pode fazer tudo, Deus não deseja
tirar-nos o dom da liberdade que nos deu. Quando chegar o momento em que Deus
nos chamar a seu serviço, Ele deseja que aceitemos ir voluntariamente, não por
força nem por obrigação.
Ainda assim, as pessoas que decidem unir-se ao
serviço de Deus por que se sentem indignados com o mundo, ou porque as aflições
e a pena os mantém intranquilos, tem a possibilidade de entregar-se a Deus
livre e voluntariamente. Nossa suficiência vem de nosso Redentor que nos
ensinou a sermos bons ministros capazes de fazer cumprir a vontade de Deus. Aquele
que habita em Cristo participa de seu Espírito divino, o qual habita no meio de
nossos corações como uma fonte vivente. Nossas ações, que até então eram
frágeis como os juncos serão convertidos em ouro por meio do amor que o
Espírito Santo verte em nossos corações. Nossos corações, inundados com o amor
do Espírito Santo, geram ações que tendem a glória imortal e nos levam rumo a
ela.
(Adaptação dos escritos de São Francisco de Sales,
particularmente suas conversas Espirituais, I. Carneiro, Edições).
Destaque: “O mundo como o conhecemos está passando”
“Este é o tempo da realização. O Reino de Deus está próximo”
“Convertam-se e creiam no Evangelho!”
Perspectiva Salesiana
“O mundo que conhecemos está passando”
Francisco de Sales escreveu: “Deus preserva este
grande mundo em trocas, onde o dia se converte em noite, a noite em dia, a
primavera em verão, o verão no outono, o outono no inverno e o inverno na
primavera. Um dia nunca é perfeitamente igual ao outro: alguns dias são nublados,
outros chuvosos, outros secos e outros com muito vento. Esta variedade dá uma
grande beleza ao universo.”
Cada pessoa, cada geração necessita entender que
nossas vidas sempre estão mudando. Não importa quão boa foram as coisas em
outros tempos ou que tão boas são agora mesmo, sempre existe algo a mais para
vir. A segurança do “que é” deve estar aberta à incerteza do “que virá”.
Posto de outra forma, nós devemos reformar,
remodelar e renovar nossas vidas constantemente.
Isso vai contra aquilo que somos. É muito fácil
aferrar-nos aos que conhecemos. É muito fácil acreditar que não existem muitas
outras maneiras nas quais podemos crescer. Somos tentados a dizer que sabemos,
que aprendemos e que crescemos o suficiente.
Jesus nos convida a acreditar no Evangelho, isto é,
acreditar no poder do amor constante e imutável de Deus. Este amor que nos
chama a aprender mais sobre Deus, sobre nós e sobre os outros. Jesus nos chama
a acreditar que a vontade de mudar nossas vidas (com a ajuda do Espírito Santo)
pode nos ajudar a experimentar a justiça, a liberdade, a reconciliação e a paz do
céu que não mudam em cada circunstância, evento e relação da nossa vida diária
que muda.
Deves estar disposto a mudar. Deves estar disposto
a crescer. Deves estar disposto a aprender. Deves estar disposto a transformar.
Deves acreditar que o poder do Reino de Deus te pode ajudar a ser mais como
Deus te chamou a ser. Dar as costas ao mal de modo convincente. Aceite mais
profundamente aquilo que é bom. Com palavras e exemplo, desafie e anime os
outros a fazerem o mesmo.
Mesmo sabendo que o mundo conhecido está passando,
Jesus nos promete que o melhor está por vir. Juntos, tu e eu poderemos fazer
que o melhor o que está por vir se torne realidade cada dia, reconhecendo as
oportunidades que Deus nos dá em cada momento para que nos convertamos, para
que nos transformemos e para que cresçamos.
Acredite nestas Boas Novas! Repasse aos outros!
P. Michael S. Murray, OSFS – Diretor do Centro
Espiritual de Sales
Tradução do espanhol: P. Tarcizio Paulo Odelli - sdb
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Reflexão Salesiana para o Segundo Domingo do tempo comum – 15 de janeiro de 2012
Com este domingo iniciamos na liturgia do tempo comum. Os
desejos e os votos que fizemos para o ano novo já se converteram em rotina. Mesmo
assim São Francisco de Sales no diz que nós somos chamados a viver uma vida
comum e rotineira de modo extraordinário. Um dos elementos para viver de modo
extraordinário é o nosso desejo de viver uma vida santa. Francisco acrescenta o
seguinte:
Quais são as outras flores que embelezam o nosso coração
além dos nossos bons desejos? Precisamos estar atentos para podar tudo o que é
inútil ou que impede de viver esta vida santa. Os maus hábitos entram no nosso
coração bem depressa, como que galopando a cavalo e a passo lento nos livramos
deles. Quando resolvemos crescer na santidade, devemos fazer com paciência e
coragem. Geralmente depois de passado um tempo no qual nos esforçamos para
viver uma vida santa, nós somos obrigados a reconhecer que ainda estamos
sujeitos a muitas imperfeições. Isso pode ocasionar insatisfações ou
perturbação. Porém, não podemos permitir que nosso coração caia na tentação de querer
abandonar tudo e retornar a nossa forma de vida anterior.
Por outro lado, existem aqueles que acreditam que são
perfeitos, mesmo antes de tomarem a decisão de serem santos. Tentam voar apesar
de não terem asas e correm o grave perigo de sofrer uma queda como acontece com
aqueles que deixam de seguir as indicações de seus médicos antes de se terem
recuperado totalmente. A tarefa de crescer na santidade deve continuar até o
dia em que Deus nos chamar para a vida eterna. Não devemos permitir que nossas
imperfeições nos perturbem. Como poderemos corrigi-las se não estamos
conscientes de nossas faltas? O êxito do nosso trabalho não consiste em
ignorá-las, mas reconhecê-las. Teremos êxito sempre se nos esforçarmos para
vencê-las. Jamais seremos vencidos. Basta não perder a coragem. Os defeitos não
devem nos privar da vida espiritual. Portanto, devemos ter uma boa opinião
daqueles que procuram viver praticando as virtudes mesmo no meio das
imperfeições, pois sabemos que os santos as praticaram da mesma maneira.
(São Francisco de Sales – baseado na Introdução à vida
devota)
Destaque: “Que estás buscando?”
Perspectiva Salesiana
Que estás buscando?
Estás buscando o melhor da vida?
Estás buscando o pior da vida?
Estás buscando o significado e o objetivo da vida?
Estás buscando simplesmente passar pela vida?
Estás buscando um Deus que está sempre presente?
Estás buscando um Deus que somente se encontra em lugares
especiais ou em eventos que acontecem uma vez na vida?
Estás buscando a paz?
Estás buscando a divisão?
Estás buscando a reconciliação?
Estás buscando alienar-te?
Estás buscando a esperança?
Estás buscando o desespero?
Estás buscando uma luz?
Estás buscando a escuridão?
Por que estas e outras perguntas são importantes?
Geralmente nós tendemos a ver as coisas que buscamos. Frequentemente
não vemos ou não reconhecemos aquelas coisas que não estamos buscando.
A tradição Salesiana nos desafia a buscar nossa dignidade e
nosso destino como filhos e filhas de Deus. A tradição Salesiana nos desafia a
buscar nosso lugar único no plano da salvação de Deus. A tradição Salesiana nos
desafia a buscar a Deus em cada evento, circunstância e relação de nossa vida
diária. A tradição Salesiana nos desafia a buscar as oportunidades cada dia
para servir os outros e a nós mesmos de modo simples, prático o ordinário. A tradição
Salesiana nos desafia a buscar modos para tornar realidade aqui na terra, a
justiça, a verdade, a reconciliação, a liberdade e a paz que nos estão
prometidas no céu. A tradição Salesiana nos desafia a buscar a um Deus que nos
chama por nosso nome, que nos ama, que nos admira, que nos perdoa, que nos
busca, que nos torna mais fortes... e que nos chama a fazer o mesmo para os
outros.
O que estás buscando, de verdade, neste momento da tua vida?
Texto: Padre Michael S. Murray, OSFS - Diretor do Centro
Espiritual de Sales
Tradução: P. Tarcizio Paulo Odelli - SDB
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Reflexão Salesiana para o dia da Epifania do Senhor – 08 de janeiro de 2012
Hoje escutamos a narração da visita dos Reis Magos ao Menino
Jesus. De volta às suas terras eles levarão aos povos a boa nova de que Deus se
faz presente em Jesus. São Francisco de Sales nos diz o seguinte, a este
respeito:
Os Reis Magos não empreenderam sua viagem para deleitar-se
na cidade de Jerusalém. Eles buscavam a pequena gruta onde encontraram o Deus
encarnado no Menino que estava deitado na manjedoura. Acerquemo-nos do pequeno
berço como fizeram os Reis Magos e escutemos nosso Salvador que nos fala. Deixemo-nos
levar pelas inspirações e afetos que o amor de Deus aviva em nós.
Existem pessoas que acreditam que crescer no amor sagrado
requer aprender e dominar certa arte. Amar a Deus não requer nenhuma arte. A única
coisa que devemos praticar é como comprazer a Deus com a humildade de nosso
coração, sem dificuldades e nem ansiedade. A humildade coloca na Divina
Providência os resultados de seus atos. O único propósito da humildade é amar a
Deus plenamente. Ser humilde significa que nosso eu interior deve ser
congruente com as obras que fazemos no exterior.
Todos foram chamados a trabalhar fielmente no exercício do
amor divino sem vergonha, sem tristeza e nem ansiedade. No cumprimento de suas
tarefas diárias deixem-se guiar pelo vento de sua humilde e amorosa confiança
em Deus para que assim possam progredir imensamente. Então, e sem necessidade
de cambalear de um lado para outro, pouco a pouco irão de aproximando do lar,
como acontece com aqueles que navegam em alto mar com ventos favoráveis. Desta maneira,
qualquer evento, qualquer acidente que possa chegar a ocorrer será recebido com
calma e paz. Mesmo quando a travessia pela vida está cheia de perigos, devemos
encher-nos de confiança e aventurar-nos a seguir a Estrela de Belém para que
esta nos encha com Seu amor. Então seremos como os Reis Magos que armados de
confiança foram atrás da Estrela de Belém que nos guiará rumo à glória eterna.
(Adaptação dos escritos de São Francisco de Sales)
Destaque: “Sigam sua estrela...”
Perspectiva Salesiana
Uma canção antiga pergunta: balançarias-te numa estrela,
levarias para tua casa raios de lua numa jarra para assim estar melhor do que
estás agora, ou preferirias ser como uma mula? (sem mencionar um porco, um
peixe ou um mico!) preferirias? A festa da Epifania que hoje celebramos fixa
nossos olhos numa estrela e na única estrela que se manifesta para que possamos
estar infinitamente melhor do que poderíamos estar de qualquer outra forma. A festa
de hoje também levanta algumas perguntas para nossa reflexão e iluminação.
Alguma vez fizeram as malas e viajaram seguindo uma estrela?
Os Reis magos o fizeram. Eles são os santos patronos das pessoas que tem uma
viagem pendente. As viagens não são pacotes turísticos. As viagens tendem a ser
incômodas, pois muitas vezes temos que andar na escuridão que implica fazer uma
caminhada errada. Manter-se focado na meta, mesmo tendo dúvidas se a
alcançarão, se chegaremos ao final. Francisco de Sales dizia que esta era a
natureza da viagem feita pelos reis magos: “Os reis do Leste não encontram
prazer na beleza da cidade de Jerusalém, ou na magnificência da corte do rei
Herodes, ou no brilho da estrela. Seus corações buscavam a pequena gruta de
Belém e seu pequeno Menino” (TAD, Livro 5, Cap. 7). Sua viagem não permitiu
diversões. O seguimento desta estrela resplandecente no meio da escuridão
terminará com sua iluminação. Eles veem a luz, a luz que é Cristo! Estamos
dispostos a embarcarmos numa viagem à luz que é Cristo? Seria uma viagem que
nos mudaria. Nós, como os reis magos, jamais seremos os mesmos se nos decidirmos
a fazê-lo.
Qual é a direção que nos guia a estrela e estamos preparados
para assumir o preço desta viagem? Os reis magos seguiram a estrela que os
guiou para a manifestação do menino, Cristo. Os reis magos gastaram seu tempo,
talento e tesouros a serviço da missão. Seus corações estavam focados nela. E onde
estão os nossos corações? Onde estão focados? Qual é o objeto que guarda os
desejos do nosso coração? Francisco nos aconselha: “Fique bem perto do presépio.
Se você gosta das riquezas, encontrará o ouro que os Reis deixaram ali. Se
aprecia a fumaça das honrarias, encontrará a do incenso e, se quer os encantos
dos sentidos, cheire a mirra odorante que perfuma todo o estábulo. Seja rico em
amor para com este adorável Salvador, respeitoso na familiaridade com que o
trata na oração, e encante-se de alegria, ao perceber em si as santas
inspirações e afetos por pertencer-lhe de forma tão particular” (Carta a Sra
Gasparde de Ballon). Quando investimos nossos corações na busca de Cristo, sem
se importar com o custo, vemos que temos um tesouro abundante. Descobrimos a
claridade, encontramos o propósito de nossas vidas e nosso lugar no mundo.
De onde brilha a estrela de Belém hoje? Como cristãos afirmamos
que reconhecemos a estrela que nos guia para Cristo, a luz do mundo. Dizemos que
o encontramos e que vale a pena a viagem e o preço que implica fazê-la. Professamos
que adotamos sua missão como nossa. Na medida em que isto seja certo a estrela
de Belém brilha sobre nós. É agora nossa estrela. Agora estamos melhores do que
poderíamos estar e sabemos porque. Esta estrela nos levara a outros que também
o buscam pelo nosso caminho. Nós fomos iluminados por Cristo e tivemos a
oportunidade de sentir o poder da missão da Epifania para fazer com que sua
glória se manifeste. Fomos chamados a ser luz para os outros, a serem estrelas
do natal para todos aqueles cujos corações ainda estão na busca.
P. Barry
Strong, OSFS – Wilmington, Delaware
Tradução do espanhol: P. Tarcizio Paulo Odelli, SDB
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