sexta-feira, 23 de julho de 2010

17 Domingo do Tempo Comum (25 de julho de 2010)



Destaque

“Vou descer para verificar se as suas obras correspondem ou não ao clamor que chegou até mim."

Perspectiva Salesiana

As Escrituras de hoje nos mostram que o juízo de Deus é reto, mas também compassivo.

O livro do Gênesis descreve a ira de Deus por causa do clamor contra Sodoma e Gomorra. Ainda assim, antes de agir, Deus pretende determinar pessoalmente se o clamor está ou não baseados em fatos.

Os juízos de Deus nunca são apressados.

São Francisco de Sales diz na Introdução à Vida Devota: "Como ofendem a Deus os juízos apressados! Este é o tipo de medo espiritual que faz com que todas as coisas pareçam malignas aos olhos daqueles que foram infectados por ele". (IVD, Parte 3, Capítulo 28)

Os julgamentos precipitados têm menos a ver com o comportamento dos nossos vizinhos e mais a ver com as maquinações e a vontade dos nossos corações. Os julgamentos precipitados são um símbolo da presença da arrogância, da autossatisfação, do medo, da amargura, do ciúme, do ódio, da inveja, da ambição e da condescendência para aqueles que emitem esses julgamentos.

As decisões precipitadas raramente se preocupam com os fatos. Os julgamentos precipitados são baseados em aparências, impressões, fofocas e boatos. Os julgamentos precipitados são feitos num instante (é por isso que usamos o termo juízos "repentinos"), e não com base na razão, mas na emoção.

Os julgamentos precipitados não promovem a reconciliação e a paz, ao contrário, os juízos precipitados produzem divisão e injustiças. Francisco de Sales escreveu: "Os juízos precipitados tiram conclusões de uma ação para poder condenar a outra pessoa" (Ibid)

Finalmente, decisões precipitadas raramente, talvez nunca, resultam em atos de compaixão.

Francisco de Sales escreveu: "Quem quer ser curado (de fazer julgamentos precipitados) não deve aplicar os remédios nos olhos ou o intelecto, mas nos afetos. Se os afetos são generosos, seus juízos também serão. "(Ibid)

Ser como Deus - viver como Jesus - e ser instrumentos do Espírito Santo - exige que nossos julgamentos sobre os outros sejam retos: que estejam baseados em fatos e não em ficção, que tenham raízes no real, não em suspeitas, que estejam focados no comportamento, e não em preconceitos. Os juízos Divinos são sempre comprometidos com a verdade, sempre comprometidos com a justiça e caracterizados pela compaixão.

Como são os nossos juízos?

Padre Michael S. Murray, OSFS é o diretor do Centro Espiritual de Sales.

Reflexão Salesiana do Domingo

As leituras de hoje convidam-nos a orar diariamente pois sentimos verdadeira necessidade de Deus, e Ele deseja atender as nossas necessidades. Aqui estão algumas das muitas reflexões de São Francisco de Sales em relação à oração:

O nosso bom Mestre nos ensina claramente através do Pai Nosso, que primeiramente deve-mos orar para que Deus seja reconhecido e reverenciado por todos. Em seguida, devemos nos perguntar por que é importante para nós, a vinda do Reino de Deus. O Reino é o começo e o fim de nossa existência. Nós todos queremos viver no céu. Passo seguinte, pedimos para que se faça a vontade de Deus. Depois que fizemos estes pedidos, Nosso Senhor deixa claro que devemos orar sempre pelo pão de cada dia.

Durante a oração, Deus entra no jardim da nossa alma e semeia ali o amor divino. Ao longo do tempo, à medida que vamos cultivando, através da oração, o que Deus plantou em nossos corações, nós também vamos adquirindo confiança no desenvolvimento da nossa amizade para com Ele. Nossa amizade florescerá de forma tão cativante que, inclusive, poderemos pedir a Deus que nos dê tudo aquilo que desejamos. Assim como nós louvamos a Deus na oração, pedimos também por tudo o que é bom. Podemos pedir qualquer coisa a Deus, com a única condição de que o peçamos de acordo com a Sua vontade, e para enaltecer a Sua glória.

Durante a oração, Deus nos dá todos os bons pensamentos que precisamos para alcançar a perfeição. A oração nos ensina como realizar cada uma das nossas ações corretamente. Toda ação realizada por aqueles que adoram a Deus, é uma oração contínua. Aqueles que dão esmola, os que visitam os doentes e colocam em prática as boas obras, estão orando. Eles são vozes que louvam a Deus com suas boas obras.

O objetivo da oração é desejar somente a Deus. Nosso Salvador quer semear em nós abundantes graças e bênçãos, e inclusive Seu coração, completamente aceso e ardendo com um amor incomparável por nós. Confessemos a Deus os nossos desejos quando estamos em sua presença para que Ele possa transformar-nos completamente Nele mesmo. Por que não abrir os nossos corações em oração, para permitir que o Espírito Santo possa inundar de amor divino?

(Adaptado dos Escritos de São Francisco de Sales)

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