Nós sempre temos uma grande tentação: buscar o prestígio, o poder,
escolhermos ser servidos. Jesus diz que deve ser o contrário. Ele nos dá a
lição da doação, da partilha... é o que fazem os missionários. Hoje celebramos
o dia das missões. Partilhemos nossa fé!
"Mostramos nosso amor ao próximo fazendo o maior bem para sua alma
e para seu corpo, orando por ele e servindo-o de coração em todas as ocasiões. O
amor que se reduz a belas palavras não é aquele com o qual Jesus Cristo nos
amou. Ele não disse somente que nos amava. Foi muito mais além, fazendo tudo o
que já sabemos, para provar seu amor". (São Francisco de Sales - Conversações
espirituais, XI - o amor as criaturas)
Destaque: "através de seu
sofrimento, meu servo, justificará a muitos"
Perspectiva Salesiana
Jesus diz no evangelho de hoje
que devemos ser servos dos outros. Se não fosse a palavra "sofrimento",
até que não seria tão difícil cumprir este mandato do Senhor.
Jesus é muito claro: servir é
sofrer, sofrer é servir. Surge então a questão: será que Jesus serviu porque
gostava do sofrimento?
Consideremos por um momento o
significado da palavra "sofrimento" O dicionário Houaiss descreve a
palavra sofrimento como "ação ou processo de sofrer - dor causada por
ferimento ou doença; padecimento". Certamente Jesus experimentou todas
essas coisas neste mesmo sentido. Neste sentido a segunda leitura diz que
"temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois
ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado". (Hb 4, 15)
Mas o sofrimento é muito mais do
que o fato de sentir dor: significa também carregar, suportar, "dar à luz
um filho".
O sofrimento não é somente a
habilidade de sentir dor. Não, o sofrimento é a vontade de se abster, de
perseverar, de continuar fazendo o correto e o que é justo, o que é saudável e
santo, mesmo quando somos confrontados com a oposição e a resistência dos
outros. O sofrimento é dor associada aos esforços que fazemos para gerar vida
nas vidas dos outros.
Esse tipo de sofrimento não é a
mesma coisa que uma passividade impotente. Tal sofrimento - este sofrimento
divino - é ser pró-ativo. Tal sofrimento - este serviço, é uma escolha: a escolha
do amor.
Jesus não amava o sofrimento. Jesus
sofreu precisamente porque estava disposto a amar. Jesus sofreu - ele
perseverou - no seu compromisso de ser uma fonte de amor na vida dos outros.
Isso foi o que fez de Jesus um
servo. Isto é também o que pode nos tornar verdadeiros servos. Assim como
Jesus, mesmo quando o nosso serviço é marcado pelo sofrimento, é muito mais
importante que esteja marcado pelo amor.
P. Michael S. Murray, OSFS - Diretor
do Centro de Espiritualidade de Sales.
Tradução e adaptação: P. Tarcizio
Paulo Odelli - SDB
Indico estes links, organizados pelo noviço salesiano Felipe Xavier:
Nenhum comentário:
Postar um comentário