sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Reflexão Salesiana para o domingo de Todos os Santos – 06 de novembro de 2011


Destaque: “Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro”.

Perspectiva Salesiana

“Unamos nossos corações aos espíritos celestiais e a estas almas benditas. Assim como os filhotes dos rouxinóis aprendem a cantar com os grandes, nós aprenderemos também, por esta união com os santos, a melhor maneira de orar e de honrar a Deus”. (IVD II, cap. 16)

Estamos nos apoiando nos ombros de gigantes. Durante os últimos dois mil anos, incontáveis homens, mulheres e crianças de muitas épocas, lugares e culturas viveram suas vidas a serviço da Boa Nova de Jesus Cristo. Dentre todos estes, um grupo menor de pessoas ganharam a distinção de chegar a serem conhecidos como “santos”.

Estas são pessoas reais a quem nós buscamos para que nos deem exemplo. Estas são pessoas reais a quem nós buscamos para que nos inspirem. Estas são pessoas reais a quem nós buscamos para que nos deem ânimo e nos encham de graça.

Estes santos – estas pessoas reais – traçaram o caminho para nós, para aprendermos a viver e a proclamar o Evangelho. O nosso desafio será seguir seu exemplo de forma que se encaixem com a condição e o momento em que nossas vidas se encontram.

No caso de não se terem dado conta, somos também chamados a viver na santidade – uma vida centrada em Deus, uma vida de entrega – nos mesmos lugares onde vivemos, onde amamos, onde trabalhamos e onde atuamos cada dia. Francisco de Sales escreveu: “observem o exemplo que nos dão os santos em cada um dos caminhos da vida. Não existe nada que eles não tenham feito para amar a Deus e para serem os seguidores devotos de Deus... por que, então, não deveríamos fazer o mesmo de acordo com nossa condição e vocação na vida para manter o nosso propósito e resolução de pertencer só a Deus?” (IVD V, cap. 12)

Que significa ser santo? Surpreendentemente é algo mais simples e prático de conseguir do que pensamos. Francisco de Sales observou: “Devemos amar tudo o que Deus ama e Deus ama nossa vocação. Assim amemos nossa vocação também e não gastemos energia desejando uma vida diferente. Porém, devemos continuar com nosso trabalho. Sejam Marta da mesma forma que Maria, fiquem alegres e cumpram fielmente aquilo que foram chamados a fazer...” (Stopp, Cartas Seletas, pag. 61)

Aos olhos de São Francisco de Sales, a santidade se mede através da nossa vontade e habilidade para acolher a condição e a etapa onde se encontram nossas vidas. Os santos são pessoas que assumiram suas vidas em profundidade e assim a viveram, em vez de perder tempo desejando ou esperando uma oportunidade para viver a vida de outra pessoa. A santidade é determinada pela nossa vontade de acolher a vontade de Deus da forma em que esta se manifesta nos altos e baixos da vida diária.

Como somos chamados a sermos santos hoje?

Texto: Padre Michael S. Murray, OSFS é o Diretor do Centro Espiritual de Sales
Tradução do espanhol: P. Tarcizio Paulo Odelli – SDB

Apresento outro texto de São Francisco sobre a santidade: “Mantenha o seu espírito orientado pelos caminhos gloriosos da Jerusalém celeste, onde, por toda parte, ressoam os louvores de Deus. Olhe aquela diversidade de Santos e pergunte-lhes como chegaram ali. Aprenderá que os Apóstolos foram especialmente pelo amor; os Mártires pela constância; os Doutores pela meditação; os Confessores pela mortificação; as Virgens pela pureza de coração e todos, em geral, pela humildade”. (Cartas 1715; O.C. XIX pp. 360-361)

Observação: Dom Bosco dizia aos seus jovens que bastava fazer duas coisas para serem santos:
- estar sempre alegres
- cumprir os próprios deveres
Vejam que Dom Bosco conhecia este trecho da carta de São Francisco de Sales citada acima (Stopp, Cartas Seletas, pag. 61), onde ele diz exatamente a mesma coisa. 

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